segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pia Súplica a São José


Pia Súplica a São José

São José, roque a Jesus que venha à minha alma e a santifique.
São José, roque a Jesus que venha ao meu coração e o inflame de caridade.
São José, roque a Jesus que venha à minha inteligência e a ilumine.
São José, roque a Jesus que venha à minha vontade e a fortifique.
São José, roque a Jesus que venha nos meus pensamentos e os purifique.
São José, roque a Jesus que venha nos meus desejos e os dirija.
São José, roque a Jesus que venha nas minhas operações e as abençoe.
São José, obtende de Jesus o seu santo amor.
São José, obtende de Jesus a imitação de suas santas virtudes.
São José, obtende de Jesus a verdadeira humildade de espírito.
São José, obtende de Jesus a mansidão de coração.
São José, obtende de Jesus a paz da alma.
São José, obtende de Jesus o desejo da perfeição.
São José, obtende de Jesus a docilidade de caráter.
São José, obtende de Jesus um coração pura e caritativo.
São José, obtende de Jesus o amor ao sofrimento.
São José, obtende de Jesus a sabedoria das verdades eternas.
São José, obtende de Jesus a perseverança no operar o bem.
São José, obtende de Jesus a fortaleza no suportar a cruz.
São José, obtende de Jesus o desprendimento do bem desta terra.
São José, obtende de Jesus o caminhar na via estreita do céu.
São José, obtende de Jesus ser liberto de toda a ocasião de pecado.
São José, obtende de Jesus um santo desejo do paraíso.
São José, obtende de Jesus a perseverança final.
São José, faça que o meu coração não cesse mais de amar-te nem minha língua de louvar-te.
São José, pelo amor que tiveste a Jesus, ajuda-me a amá-lo.
São José, dignai-vos acolher-me como teu devoto.
São José, eu me dou a ti, aceita-me e socorre-me.
São José, não me abandone na hora da morte.
São José, dou-vos o meu coração e a minha alma.
(Três Glórias ao Pai)

Os sacramentais


O QUE SÃO NA REALIDADE OS SACRAMENTAIS?

São sinais sagrados, pelos quais, à imitação dos sacramentos, são significados efeitos principalmente espirituais, que se obtêm pela oração da Igreja. Pelossacramentais os homens se dispõem para receber o efeito principal dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da sua vida (CIC 1677).

E QUAIS AS GRAÇAS QUE ALCANÇO AO USÁ-LOS?

A liturgia dos sacramentos e dos sacramentais permite que a graça divina, que promana do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, do qual recebem a sua eficácia todos os sacramentos e sacramentais, santifique todos os acontecimentos da vida dos fiéis que os recebem com a devida disposição. De tal forma que todo uso honesto de coisas materiais possa ser dirigido à santificação do homem e ao louvor a Deus.

OS SACRAMENTAIS NOS LEVAM A MANTER UM CONTÍNUO RELACIONAMENTO COM DEUS

Não podemos comunicar-nos sem nossos sentidos, pois só através deles é que vem todo o nosso conhecimento. Os sacramentais (água benta, sal bento, terços, imagens, cruzes, medalhas e outros) levam-nos a manter um contínuo relacionamento com Deus. Em uma de suas aparições em Medjügorje, Nossa Senhora nos disse: “...tragam objetos bentos com vocês. Coloquem-nos em suas casas e restaurem o uso da água benta.”

E PORQUE DEUS ESCOLHEU OS SACRAMENTAIS?

Por serem objetos pequenos. Através deles Deus esmaga o orgulho do maligno. Pois escolheu o que é fraco para confundir os orgulhosos. E, como São Paulo disse que a sabedoria da Cruz é escândalo para os que crêem, igualmente dizemos que os sacramentais são a força de Deus para aqueles que decidem segui-Lo.

ALGUNS TRAÇOS CARACTERÍSTICOS DOS SACRAMENTAIS

  • São instituídos pela Igreja em vista da santificação (CIC 1668);
  • Compreendem sempre uma oração acompanhada de determinado sinal como a imposição com água benta (que lembra o batismo). (CIC 1668);
  • Somente a Santa Sé Apostólica pode constituir novos sacramentais, interpretar autenticamente aqueles já reconhecidos, abolir ou modificar alguns deles (Cân 1167);
  • Na realização ou administração dos sacramentais observam-se cuidadosamente os ritos e fórmulas aprovadas pela autoridade da Igreja (Cân 1167 § 2°).
     
FÉ OU SUPESTIÇÃO?

Segundo o dicionário da língua Portuguesa Larousse Cultural, superstição é crença no caráter religioso ou poder sobrenatural de prática, objeto,desvinculada de religião instituída. E existe quando tentamos obter um efeito sem causa proporcional. Por exemplo, pensar que uma ferradura atrás da porta atrairá sorte. O efeito, ou seja, a boa sorte não é proporcional à ferradura. Mas nos sacramentais (água benta, sal bento, terços, imagens, cruzes, medalhas e outros) existe essa proporcionalidade entre causa e feito “porque o poder dos sacramentais vem de Deus através das orações da Igreja e da fé daqueles que os recebem”. Portanto os sacramentais não são amuletos, mas pedidos para Deus agir.

OS SACRAMENTAIS E OS SACRAMENTOS

Nos sacramentos (Eucaristia, confissão e outros), Nosso Senhor Jesus Cristo nos cura diretamente. Todos têm o fim de produzir a graça e só secundariamente benefícios temporais.

Os sacramentais, pelo contrário, se institui não para produzir a graça, mas sim, para dispor os homens a receber benefícios temporais e santificar diversas situações da vida. A definição de sacramental ainda inclui-se dois elementos principais: a noção genérica de sinal e a específica de sacralidade. A diferença entre sacramentais e sacramentos está em que estes agem ex opere operato (pela força da própria palavra imediatamente) enquanto os sacramentais obtêm sua eficácia ex opere operantis Eclesiae(por força operante da Igreja) – conforme n° 60 e 61 da Constituição Sacrosanctum-Concílium, do Concílio Vaticano conforme rodapé Código de Direito Canônico 1166. Edição Espanhola.

AS DIVERSAS FORMAS DE SACRAMENTAIS

Entre muitos sacramentais que a Igreja nos oferece apresentamos alguns que nos asseguram uma eficácia luta contra o mal e uma constante proteção divina.

ÁGUA E SAL: BENTOS OU EXORCIZADOS

Segundo PeGabiele Amorth (exorcista da diocese de Roma e presidente emérito da Associação Internacional dos Exorcistas do Vaticano) em seu livro Um exorcista conta-nos, “a água benta ocupa um lugar fundamental em todos os ritos litúrgicos. A sua importância leva-nos de novo á aspersão batismal. Durante a oração de benção, pede-se ao Senhor para que a aspersão desta água nos traga os três benefícios seguintes: o perdão dos nossos pecados, a defesa contra as ciladas do Maligno e o dom da proteção divina.” E o padre continua:

“A oração de exorcismo da água proporciona outros tantos efeitos: afugentar todo o poder do demônio, desarreigá-los e expulsa-los; também na gíria popular quando se querem indicar duas coisas absolutamente opostas, diz-se que são como o diabo e a água benta. Em seguida a oração continua, sublinhando outros efeitos além de expulsar os demônios: curar doenças, aumentar a graça divina, proteger as casas e todos os locais onde os fiéis moram, de toda a influência imunda causada pelo pestilento satanás. E acrescenta: que as ciladas do demônio infernal sejam vencidas e que a serenidade e a saúde dos habitantes sejam protegidas de toda a eventual presença nociva, susceptível de perigar a paz dos habitantes, a fim de gozarem de serenidade e saúde.”

E sobre o sal exorcizado acrescenta: “serve também para expulsar os demônios e para preservar a saúde da alma e do corpo. Mas uma das suas propriedades específicas consiste em proteger os lugares das influências ou presenças maléficas.”

A água benta pode ser bebida, aspergida nos ambientes ou nas pessoas. E o sal bento pode ser salpicado nos cantos dos ambientes ou usado no preparo de alimentos.

INCENSO ABENÇOADO

Conta-se na Bíblia que a Rainha de Sabá chegou a visitar Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade extraordinária do mais precioso incenso que, naquela época, era vendido num centro de comércio muito importante. De fato, ao longo da história do incenso prosperam povos e reinos míticos, como se lê na Bíblia, no Alcorão e no Livro etíope dos reis.

O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex 30,34) e se transformou em símbolo de adoração. Em linhas gerais é símbolo de culto prestado a Deus e de Adoração: “Ouçam-me, filhos santos...Como incenso exalem bom odor” (Eclo 39,14). A oferenda do incenso e a oração são intercambiáveis, ambos são sacrifícios apresentados a Deus, como diz o salmo 141, que proclama: “Suba até vós minha oração, como o perfume do incenso”. E é com essas palavras que, na Igreja Oriental, o celebrante ora durante as Vésperas eLaudes matutinas dos dias de festa espalhando em torno de si o perfume do incenso.

Com a oferta do incenso, os magos do Oriente adoraram o menino Jesus como o recém-nascido Salvador do Mundo (Mt. 2,11).

No último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro anciãos que estavam diante do Cordeiro de Deus, com arpas e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap 8,3-4).

E graças à benção propiciada pelo incenso antes de seu uso, ele chega a ser um sacramental (sinal sagrado, que possui certa semelhança com os sacramentos e do qual se obtém efeitos espirituais).

“É um incenso transformado em sacramental, ou seja, abençoado com uma fórmula oficial da Igreja. É usado para se obter vários propósitos, sobretudo para caçar os demônios. Eu uso-o para abençoar as casas. Primeiro abençôo o incenso com a fórmula na qual se invoca o arcanjo Miguel.” 
Afirma Pe. Gabriele Amorth em entrevista dada à Ângela Musolesi no livro Experiências de um exorcista.

O uso do incenso representa a oração, que não deve ser ousada e nem covarde e pouco confiante. Deve ser como a fumaça do turíbulo que vai aos céus produzindo perfume, não de forma “ousada”, diretamente, mas descrevendo curvas enquanto sobe confiante, sem parar.

ÓLEO ABENÇOADO

“O óleo é sinal de abundância (Dt 11,14) e de alegria (Sl 23,5), ele purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e dos lutadores), é sinal de cura, pois ameniza as contusões e as feridas (Is 1,6; Lc 10,34), e faz irradiar beleza, saúde e força.” (Catecismo da Igreja Católica- § 1293)

No Dicionário da língua portuguesa, unção significa:

1. Ação ou efeito de ungir ou untar, com uma substância oleosa.

2. Sentimento de piedade religiosa.

3. Acentuação penetrante e doce no falar.

A unção nos Sacramentos da Igreja
Entre os símbolos sacramentais usados pela Liturgia da Igreja, o óleo simboliza a alegria e o perfume do Espírito Santo em nós. Assim como o óleo penetra no ungido, assim penetra a graça divina naquele que foi ungido sacramentalmente.

A Igreja crê e confessa que existem sete sacramentos: o Batismo, a Confirmação ou Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Destes, quatro utilizam o óleo para ungir sacramentalmente as pessoas com diversos significados.

No Catecismo da Igreja Católica (CIC) parágrafo 1294, diz assim: Todos esses significados da unção com óleo voltam a encontrar-se na vida sacramental. A unção, antes do Batismo, com o óleo dos catecúmenos significa purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime a cura e o reconforto. A unção com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é o sinal de uma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, isto é, os que são ungidos, participam mais intensamente da missão de Jesus e da plenitude do Espírito Santo, de que Jesus é cumulado, a fim de que toda a vida deles exale "o bom odor de Cristo"

Assim a Liturgia da Igreja privilegia esses três óleos, chamando-os de "Santos Óleos": Óleo dos enfermos, Óleo dos catecúmenos e Óleo do Santo Crisma. Os dois primeiros Santos Óleos são abençoados e o terceiro, o Óleo Crismal, é consagrado na missa crismal que o Bispo celebra com todo o seu presbitério na 5ª feira santa pela manhã.

O Óleo dos Catecúmenos concede a força do Espírito Santo aqueles que serão batizados para que possam ser lutadores de Deus, ao lado de Cristo, contra o Espírito do mal.

O Óleo dos Enfermos que é um sinal sensível utilizado pelo sacramento da Unção dos Enfermos, que traz o conforto e a força do Espírito Santo para o doente no momento de seu sofrimento. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos pelo Sacerdote.

O Santo Crisma
 é um óleo perfumado utilizado nas unções consacratórias dos seguintes sacramentos: depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte; na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte; depois da Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do néo-sacerdote. Também é usado em outros ritos consacratórios, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas).

Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo.

A unção Espiritual

Como nasceu essa idéia de unção não como Sacramento? Voltando no significado da palavra unção enquanto “sentimento de piedade religiosa”.

Um passo importante foi dado por Santo Agostinho. Ele interpreta o texto da primeira Carta de João: “Quanto a vós, a unção que recebestes de Jesus permanece convosco...” (1 Jo 2, 27), no sentido de uma unção perene, por meio da qual o Espírito Santo, professor interior, permite-nos compreender interiormente aquilo que ouvimos de fora. É atribuída a ele a expressão “unção espiritual”,spiritalis unctio, que consta no hino Veni Creator. São Gregório Magno ajudou, entre muitas outras coisas, a popularizar, ao longo da Idade Média, esse ponto de vista agostiniano. Uma nova fase no desenvolvimento do tema da unção se iniciou com São Bernardo e São Boaventura. Com eles, se define o novo sentido, de caráter espiritual, da unção, já não tanto relacionado ao tema do conhecimento da verdade, mas sobre a experiência da realidade divina. Comentando o Cântico dos Cânticos, São Bernardo diz: "um tal cântico, só a unção ensina, só a experiência nos faz compreender". São Boaventura identifica a unção com a devoção, concebida por ele como "um suave sentimento de amor a Deus despertado pela lembrança das bênçãos de Cristo". Esta não depende da natureza ou do conhecimento, nem das palavras ou dos livros, mas "do dom de Deus que é o Espírito Santo".

O Dicionário da Língua Portuguesa nos fala ainda da palavra unção como ação ou efeito de ungir ou untar, com uma substância oleosa. Assim, ao utilizarmos um óleo bento estamos ungindo ou untando alguém com uma substância oleosa e também contamos com a unção espiritual, pois se crermos, “a unção que recebemos de Jesus permanece convosco...” (1 Jo 2, 27)

Aqui não se trata de uma Unção dos Enfermos (Sacramento que somente os bispos e sacerdotes podem conferir - Tg 5,14-15. Até mesmo os diáconos não podem administrar este sacramento e tanto menos um leigo). Se trata sim da utilização de um óleo abençoado (um sacramental) que tem a função conferida pela Igreja de santificar as diversas circunstâncias da nossa vida. Como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 1667, que diz: “Pelos sacramentais os homens se dispõem a receber o efeito principal dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da vida”.

Se a unção se dá pela presença do Espírito, sendo um dom dele proveniente, o que podemos fazer para obtê-la? Antes de mais nada, orar. Há uma promessa explícita de Jesus: "Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!" (Lucas 11:13). Cumpre pois, também a nós, quebrar o vaso de alabastro, como a pecadora na casa de Simão. O vaso é o nosso eu, e talvez nosso intelectualismo árido. Quebrá-lo significa renunciar a nós mesmos, ceder a Deus, com um ato explícito, as rédeas de nossa vida. Deus não pode doar Seu Espírito a quem não se doa inteiramente a Ele.

Palavras de Pe. Gabriele Amorth quanto ao uso do óleo exorcizado

O óleo exorcizado, utilizado com fé, permite igualmente enfraquecer o poder dos demônios, os seus ataques e os fantasmas que suscitam. Recupera também a saúde da alma e do corpo; lembremos simplesmente o antigo costume de ungir as feridas com óleo e o poder que Jesus conferiu aos Apóstolos de curar os doentes pela imposição das mãos e a unção com óleo.

O óleo exorcizado tem, além disso, a propriedade específica de libertar o corpo do malefício.”

Dicas de uso do Óleo Bento
Fazer o sinal da cruz com o óleo bento na fronte em honra a coroação de espinhos de Jesus; ungir a mão direita em honra a chaga da mão direita de Jesus, ungir a mão esquerda em honra a chaga da mão esquerda de Jesus, ungir o pé direito e pé esquerdo em honra as chagas dos pés de Jesus; e ungir o coração em honra a chaga do Sagrado Coração de Jesus, que foi barbaramente transpassado, esmagado por causa dos nossos pecados e de onde saiu o Sangue da Redenção e a Água da Purificação.

Fonte
  • Amorth, Gabriele. Um exorcista conta-nos. Ed. Paulinas. São Paulo, 1998
  • Catecismo da Igreja Católica. Ed. Vozes. Rio de Janeiro, 1993
  • Centro Rússia Ecumênica. Caderno Monástico, 132 (2000) 53-59, Roma – Itália / Tradução: uma oblata do Mosteiro da Transfiguração – Mosteiro da Transfiguração
  • Código de Direito Canônico. Ed Loyola. São Paulo, 1983
  • Curso de Liturgia Romana Tomo II de Dom António Coelho, O.S.B.
  • http://www.comunidadeboanerges.com.br/2011/index.php/page/22

RCC RS elege novo presidente do Conselho Estadual

Paulo Mecabô, atual coordenador estadual do Ministério de Pregação, foi eleito presidente do conselho estadual da RCCRS.
Com presença de Katia Zavaris, presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, coordenadores diocesanos e membros do Conselho Estadual, a eleição foi realizada no sábado, dia 26 de outubro, durante o XXIII Congresso Estadual da RCC RS em Tramandaí.
Darlen Vaz, atual coordenador que esteve à frente do estado durante os últimos 4 anos, em entrevista, apresenta a nova coordenação para o biênio 2014 – 2015.

Um tesouro de Deus

altPor que temos tanta certeza de que os nossos Grupos de Oração são tão valiosos? O que nos fez chegar a essa conclusão? O próprio Senhor! E é Ele que pede que não nos afastemos de “Seu Coração”, ou seja, de nosso Grupo.

Temos usado a expressão “Grupo de Oração, Tesouro de Deus” e, provavelmente, muitos pensam que este termo partiu de nós. A verdade, porém, é que foi um termo inspirado por Deus. Estávamos, a então constituída equipe da Comissão de Formação, reunidos na casa de Marta e Maria, no Rio de Janeiro, para pensar e discernir a formação de coordenadores. Já tínhamos a primeira parte pronta, aquela que fala da Renovação como uma graça para a Igreja, mas precisávamos dar continuidade. Durante um momento de oração e escuta diante do Santíssimo, o Senhor começou a nos falar em profecias e visualizações sobre a sua obra de amor no meio de nós através dos nossos Grupos de Oração e apareceu, como palavra inspirada, confirmada por visualização, a expressão “Grupo de Oração, Tesouro de Deus”.

Podemos dizer que a raiz da Renovação está no Grupo de Oração. Aqueles professores da Universidade de Duquesne, nos Estados Unidos, que começaram a ler o livro dos Atos dos Apóstolos e desejaram a experiência dos primeiros cristãos, ficaram sabendo que um grupo de pessoas se reunia para rezar na casa de uma senhora chamada Flo Dodge.  Ouviram dizer que lá o Espírito Santo se manifestava com sinais e prodígios como nos primeiros tempos da Igreja cristã. Foram conferir e receberam o batismo no Espírito Santo. Esses mesmos professores organizaram, em fevereiro de 1967, o retiro de final de semana em Duquesne, onde o Espírito Santo se derramou com poder, como em Pentecostes, sobre os participantes que estavam reunidos na capela, no andar superior da casa. Foi aí que começou a Renovação Carismática Católica. Quando saíram de lá, cheios do Espírito, eles sentiram necessidade de estarem juntos para louvar ao Senhor, ler a Palavra, partilhar suas novas e maravilhosas experiências. Passaram a se reunir semanalmente e logo as reuniões de oração multiplicaram-se, alastraram-se como fogo por outras universidades e, dentro de pouco tempo, no mundo todo.

O Grupo de Oração nos descortina a beleza das pessoas que são acolhidas por Deus, a beleza da misericórdia de Deus que se derrama sobre todos os que acreditam e se convertem. O que nos faz chegar à grandeza da misericórdia de Deus é reconhecer “Jesus Cristo é o Senhor”. O Grupo de Oração é o lugar de encontro com Jesus. O nome de Jesus abre portas. A Renovação Carismática Católica, através dos seus Grupos, é uma porta aberta da Igreja, é a porta do acolhimento.  No Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios (ENF) de 2007, ocasião dos 40 anos da Renovação, recebemos uma palavra que nos fala exatamente isso: “Eis o que diz o Santo e o Verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi – que abre e ninguém pode fechar; que fecha e ninguém pode abrir. Conheço as tuas obras: eu pus diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar; porque, apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome” (Ap 3,7-8).
                                                                                                                      
A interpretação da palavra foi a de que os Grupos de Oração são esta porta permanentemente aberta e que nós, os participantes e servos dos Grupos, somos colunas de Deus para sustentar os fracos e abatidos. No Grupo de Oração o Senhor nos fortalece, nos restaura e nos torna imbatíveis na luta contra o mal para que possamos ser  verdadeiramente esse sustentáculo para os outros.

Em julho do mesmo ano, depois de um momento de intercessão pelos grupos, Deus nos falou em profecia confirmando a palavra que nos havia sido dada anteriormente: “Escutai povo meu, escutai meus filhos e filhas, se vocês se deixassem conduzir pela sabedoria do meu Espírito jamais se afastariam de seus Grupos de Oração. Pois Eu quero vos revelar, com toda a minha autoridade, com toda a minha misericórdia, que o Grupo de Oração, o qual muitos de vocês têm abandonado ou desvalorizado, é nada mais que o meu coração e é no meu coração que cada um de vocês está gravado eternamente. Por isso, Eu mesmo, o Senhor, vos declaro e vos peço: retornem depressa ao meu coração, as portas se abrem. Entrem, entrem e sejam profetas no meu coração. O meu coração se abre para vocês, e o meu coração é cada Grupo de Oração espalhado nesta nação.”

Naquele mesmo Congresso, durante um momento de oração, recebemos a seguinte visualização: havia um mapa do Brasil todo preto, mas durante a oração luzes foram se acendendo como velas. De repente, clarearam o mapa inteiro e transformaram as trevas em luz. A interpretação veio logo em seguida: essas luzes acesas são os Grupos de Oração que se multiplicavam de norte a sul para iluminar o Brasil, levar o evangelho ao nosso povo e incendiar a nossa nação com o fogo de Pentecostes.

Se analisarmos a nossa própria história, veremos que um dia alguém nos convidou para um Grupo de Oração e lá o nosso cansaço, a nossa acomodação, a nossa desilusão transformaram-se em esperança, fé expectante, alegria interior. Nossa vida foi tocada pela bondade, pelo amor, pela misericórdia de Deus. Nós tivemos um encontro pessoal com Jesus Cristo. Depois desse dia, a nossa vida nunca mais foi a mesma, porque, ao encontrar Jesus “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”( cf Rm 5, 5).                                              Que o sentimento de nossa alma seja o mesmo dos primeiros apóstolos: “Não podemos deixar de falar das coisa que vimos e ouvimos” (At 4,20). Que o nosso desejo seja trazer homens, mulheres, jovens e crianças para os nossos Grupos de Oração a fim de que eles sejam batizados no Espírito Santo como nós fomos e possam fazer parte dessa imensa fileira de pessoas que desejam implantar a Cultura de Pentecostes na cultura da morte que predomina no nosso mundo.

Outro termo que temos usado é ”Grupo de Oração, Estratégia de Deus”, estratégia para atrair-nos ao seu coração misericordioso no qual nós somos curados, restaurados e então transformados em discípulos e missionários seus para testemunhar ao mundo que sofre.

No ENF deste ano de 2011, foi lançado um desafio aos Grupos de Oração do Brasil: que os Grupos de Oração se tornem missionários, que saiam para as praças e visitem as casas falando do amor de Deus, da salvação em Jesus Cristo e da santificação no Espírito Santo, a fim de que todos se conscientizem da sua dignidade de filhos e filhas de Deus, e passem a viver à altura de sua condição. Este apelo encontra eco numa outra profecia sobre Grupo de Oração que vem com promessas de grande poder do Espírito para todos nós: “Eu derramo sobre vós uma nova unção do meu Espírito. Eu vos liberto do desânimo, da frieza espiritual e lhes dou uma nova unção do meu Espírito. Eu faço arder em vossos corações o espírito missionário. Eu renovo a alegria e o amor em vossos Grupos de Oração e vos chamo para um tempo novo. Portas de missão se abrirão para vós, desde que sejais dóceis ao meu Espírito. Eu inauguro no meio de vós, a partir deste momento, um tempo novo, um tempo de bênçãos, um tempo de graça, onde o meu Espírito se moverá com poder para renovar a face da terra.”

Assim seja!

Por Maria Beatriz Spier Vargas

Coordenadora nacional do Ministério de Pregação

O poder da bênção

Ser cristão é ser um “acontecimento feliz” para o mundo, para as pessoas que conosco convivem. Eis-nos diante deste lindo desafio: ser bênção, exalar o perfume de Cristo, ser presença de Deus onde quer que estejamos. Mas, para isso, precisamos vigiar nosso comportamento e renunciar a alguma práticas que, muitas vezes, sem percebermos, tornam-se comuns em nosso meio. 
altA palavra bênção possui significados muito profundos e ricos. Entretanto, dois me chamam bastante a atenção: bênção significa benefício e também acontecimento feliz. Ao sermos abençoados por nosso Abbá(nosso Pai-Deus querido) somos cumulados de seus benefícios: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios.” “É Ele que cumula de benefícios a tua vida, e renova a tua juventude como a da águia” (Sl. 102, 2.5). Portanto, bênção é um benefício, um bem generosamente dirigido a alguém. Por outro lado, bênção é um favor que gera satisfação, felicidade, júbilo interior, contentamento, grande alegria; é um acontecimento feliz. O maior ícone desse favor, desse acontecimento, feliz foi a encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo” (Ef. 1, 3).
Nesse sentido, também nós precisamos ser bênção para os outros. Uma vez abençoados por Deus, sejamos nós uma bênção para os irmãos em Cristo, para a nossa família, para os nossos lares, para a Igreja, para o Grupo de Oração do qual fazemos parte, para a RCCBRASIL, para o mundo em suas diversas implicações e desdobramentos. Precisamos ser esses “vasos transbordantes do benefício de Deus” e também esse “acontecimento feliz” na vida das pessoas. É como o Senhor falou a Abrão: “Eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos” (Gn, 12, 2b).
Ser, pois, agente transbordante do benefício de Deus implica em exalar o perfume de Cristo (cf. II Cor. 2, 14-15) através de nossas atitudes, postura, expressões faciais; através de nossos gestos, olhar, sentimentos, critérios, impulsos; através das prioridades que traçamos para nossas vidas, das escolhas que fazemos, das palavras que proferimos. De modo particular, quero me deter aqui na possibilidade de sermos agentes transbordantes do benefício de Deus através das nossas palavras. Sabemos que uma palavra tanto pode edificar, reconstruir, restabelecer, quanto pode ferir, matar, massacrar alguém. São Tiago nos ensina que um homem ou uma mulher que refreia sua língua é alguém perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo (cf. Tg. 3, 2b). E ele denunciou o que acontecia naquela comunidade, que não é diferente do que acontece hoje: “Com ela (língua) bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim” (Tg. 3, 9-10).
Irmãos, sabemos que xingamentos, calúnias, falsos testemunhos, fofocas, palavras de depreciação e de julgamentos temerários, gritarias, palavras geradas por impulso de raiva dentre outras não são palavras de bênção. Precisamos cuidar também para que não caiamos na armadilha de, movidos algumas vezes pela falsa pretensão de fazermos uma crítica construtiva, querer, em verdade, nos sobrepor ao outro para diminuí-lo e colocá-lo em xeque. Por vezes não exalamos o perfume de Cristo através de nossa língua, mas apresentamos uma espécie de espada bem afiada e fria a cortar o pescoço dos irmãos e a disseminar coisas que não são de Deus entre nós. Nossa língua precisa ser comunicadora do benefício de Deus!
De igual modo, somos chamados a ser um “acontecimento feliz” na vida das pessoas. Quantas vezes ouvimos: “você foi enviado por Deus para me levantar” ou “sinto tanta paz quando estou com você ou quando converso com você”... Ser um acontecimento feliz na vida das pessoas é simplesmente mostrar a Face de Cristo para elas e conduzi-las para Deus através de nossas palavras e testemunho credível (cf. PortaFidei, 15). O Papa Paulo VI, ao nos exortar que precisamos ter “fogo no coração, palavra nos lábios e profecia no olhar”, pretendeu abranger todos esses níveis da vida cristã: a experiência profunda com Deus que arde em nós, o impulso ardoroso de anunciar oportuna e importunamente a Boa-Nova e o testemunho coerente e eloquente do verdadeiro seguimento de Cristo.
Vinícius Rodrigues Simões
Grupo de Oração Jesus Senhor
Coordenador Nacional do Ministério de Formação RCCBRASIL

Rede Nacional de Intercessão Novembro 2013

Sentimo-nos na obrigação de incessantemente dar graças a Deus a respeito de vós, irmãos. Aliás, com muita razão, visto que a vossa fé vai progredindo sempre mais e desenvolvendo-se a caridade que tendes uns para com os outros. De sorte que nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, pela vossa constância e fidelidade no meio de todas as perseguições e tribulações que sofreis. (ITes 1,3-4).
Percebemos neste trecho da carta aos Tessalonicenses que São Paulo atribui à caridade (ou amor fraterno) entre os irmãos um papel fundamental no fortalecimento e na manutenção da fé do cristão. Para o apóstolo, o amor fraterno é um imperativo que todo cristão deve praticar afim de que sejam considerados nascidos de Deus.
O amor fraterno é um sentimento de carinho, de dedicação, de interesse pelo outro, gerando sentimentos positivos e construtivos, podendo até em certos momentos, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo.
Geralmente, este sentimento fraternal acontece entre irmãos, que podem ter afinidade sanguínea ou não. É um sentimento de dedicação absoluta, sem qualquer outro interesse, que não seja o fazer o bem,  sem jamais desejar algo em troca. Muitas vezes estes sentimentos de afeto que ligam as pessoas, são decorrentes não só de laços familiares, como religiosos ou patrióticos.
O amor fraterno valoriza a confiança mútua, havendo também um perfeito entrosamento entre as pessoas, porque são relacionamentos tranquilos e afetuosos, duradouros e estáveis, profundos e compromissados.
Sabemos que o amor incondicional de Deus, que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, é a mais poderosa arma espiritual para vencer todas as barreiras e dificuldades nos nossos relacionamentos. O amor “jamais acaba” (ICor 13,8). Não há um conflito sequer que não seja amenizado ou mesmo eliminado pela intercessão quando o amor fraterno é uma realidade entre os intercessores. Por isso, é importante que todo intercessor se esforce em encontrar formas de manifestar amor para com o seu próximo. Podemos começar este exercício entre os nossos familiares, entre os nossos irmãos e irmãs no Ministério e entre os irmãos do nosso Grupo de Oração e da nossa comunidade paroquial.
Se soubermos olhar com profundidade e com fé nossas relações humanas, veremos que nelas o desígnio de Deus acontece. Vamos perceber que não é por mero acaso que nos encontramos com tal pessoa, que trabalhamos juntos com tais colegas, que moramos juntos e que participamos do mesmo Grupo, e constataremos que Deus tem algo a ver com todos os nossos relacionamentos interpessoais.
Sabemos, no entanto, que amar o próximo não se resume em apenas dizer para alguém que o ama, mas em um amor que se mostra por atitudes concretas, por ações efetivas, por obras. Amor fraterno não é amor de palavra, mas amor por obras e em verdade.
“Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos. (...) Nisto temos conhecido o amor: (Jesus) deu sua vida por nós. Também nós outros devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade”. (IJo 3, 14-18)
Assim irmãos, queremos motivá-los a buscarem meios concretos para promover em seu grupo as bênçãos do amor fraterno. Vamos ficar atentos aos pequenos detalhes que fazem parte dos nossos relacionamentos. Vamos procurar surpreender os nossos irmãos e isso pode ser feito com coisas simples. Por exemplo: ao invés de apenas desejar a paz de Jesus de maneira displicente, vamos realmente deseja-la com profundidade. Ao invés de apenas acolher o irmão com um aperto de mão, vamos também oferecer-lhe um sorriso acolhedor, vamos ficar mais atentos às necessidades do irmão e procurar ajuda-lo quando preciso. São atitudes assim que aperfeiçoarão os nossos relacionamentos e contribuirão para que o amor fraterno seja uma realidade mais presente em nosso meio. E desta forma, teremos a firme convicção de que a nossa súplica na intercessão chegará até Deus que se apressará a realizar o que pedimos na oração.
Que o Senhor Jesus nos ensine a amar.
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão