sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Intercessão profética

O que é, então, intercessão profética?
Há dois pedreiros em seu trabalho. Alguém se aproxima do primeiro pedreiro e pergunta sobre o que ele está fazendo. O pedreiro responde: “eu estou colocando um tijolo em cima do outro”. O visitante então repete a questão para o segundo pedreiro e ele diz: “Eu estou construindo uma Catedral”. O primeiro pedreiro não pôde dizer que o que ele estava fazendo inteirava o projeto de construção da Catedral. O segundo pedreiro tinha uma visão clara, enxergando sua contribuição em relação ao projeto inteiro. Ele sempre tinha em mente o projeto elaborado pelo arquiteto chefe da Catedral. O mesmo pode acontecer em nossa intercessão. Nós podemos continuar a fazer orações que não vão além da nossa cabeça ou além do quarto onde nós estamos. Nós podemos ser intercessores que podem ficar na escuridão em relação ao que o Senhor deseja realizar por meio da intercessão. Nós precisamos orar especificamente, em ordem, para receber respostas específicas. Nossa intercessão precisa ser intimamente ligada ao plano total de Deus para o mundo, para a Igreja e para o povo de Deus. Ser específico, nós precisamos ser proféticos em nossa intercessão.
Provérbios 29,18 diz que onde uma pessoa não tiver uma visão profética, “o povo se tornará desmoralizado” ou “perecerá”. Sem a visão profética o povo se afasta mesmo na oração. Eu descobri que os grupos de intercessão muitas vezes derivam sem rumo, sem saber o que devem orar e como orar. Nós podemos começar rezando de acordo com nosso próprio entendimento nos estágios iniciais da intercessão. Ao mesmo tempo, nós precisamos crescer no nível de profundidade da intercessão à medida com que progredimos. Isso é o que alguém, que cresceu na intercessão, partilha sobre a experiência inicial: “Eu realmente pensei que eu era um intercessor. Eu peguei meu caderno e comecei a escrever, muito sistematicamente, uma lista de coisas que eu queria que o Senhor me respondesse. Tinha a data do pedido, o que foi pedido, em seguida, outro espaço para a data em que o Senhor respondeu. Para mim, isso era intercessão. Eu não poderia estar mais errado. Eu era muito diligente na oração, muito mal orientado naquela diligência”.
O âmbito e a eficácia da oração ficam restritos quando é guiada por nosso próprio entendimento. A Fidelidade de Deus é uma condição necessária para que as orações sejam respondidas. “Pedis e não recebeis, porque pedis mal...” (Tg 4,3). A atitude do intercessor deve ser, “Eis-me aqui Senhor... como eu amo fazer sua vontade, meu Deus” (Sl 39,8-9). Então, muitas pessoas pensam que a intercessão leva uma lista de pedidos para que o Senhor responda. Na intercessão, nós precisamos manter nossos olhos fixos no que está movendo no coração de Deus. “O Senhor Deus não faz nada sem revelar seus segredos para seus servos, os profetas” (Am 3,7). De fato, toda vez que uma situação justifica o surgimento de uma oração, o Senhor procura por companheiros: “Tenho procurado entre eles por alguém que possa construir um muro ou se coloque na brecha antes de mim para manter longe a destruição da terra” (Ez 22,30). O intercessor torna-se o assessor de confiança, o tenente de Deus.
Nós geralmente pensamos que um profeta é o único que fala para o povo em nome de Deus. Mas, na concepção bíblica o profeta é mais amplo. A primeira ação de Abraão não estava ligada ao “profetismo”, mas ele intercedia pelas pessoas de Sodoma e Gomorra, sob o julgamento de Deus, antes que o Senhor falasse a ele (Gn 18,16-33). Isso mostra que um papel muito importante do Profeta é interceder para as pessoas.
Intercessão identifica com as necessidades e os encargos do povo, enquanto intercessão profética identifica com os encargos do Senhor. Intercessão Profética não vai ao Senhor com uma lista de oração, mas vai ao Senhor para obter uma lista de oração. Na intercessão profética nós nos tornamos como o cinzel. Por si mesmo o cinzel não pode fazer nada, mas quando o escultor o pega e o usa na esquerda e direita, dando a direção certa, o cinzel é capaz de trazer para fora a obra-prima. Então, essa é a profecia em nossos joelhos!

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Cyril John
Vice-presidente ICCRS
Presidente da Comissão de Intercessão ICCRS

Fonte: Call to Prophetic Intercession. Charisindia Magazine, Índia, v. XIII, n.05, 2014.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Rede Nacional de Intercessão Setembro

Combater o mal para exercer a Intercessão Profética


altO intercessor precisa combater o mal em sua vida para remover os bloqueios que o impedem de ver com olhos espirituais e, para isso, é preciso tomar a decisão de lutar contra tudo que o afasta de Deus.
A palavra combate pode ser traduzida como o ato de fazer guerra, lutar contra. No sentido espiritual, combate é fazer guerra contra os inimigos que tentam nos afastar de Deus. É a luta espiritual que em certo sentido se dá sempre quando oramos. Esta é a luta permanente que todo o cristão enfrenta contra a sua própria natureza, contra o mundo e contra o demônio.
"Nossa vida é um combate espiritual com espíritos malignos invisíveis. Eles nos provocam através de nossas fraquezas e paixões e nos incitam a desobedecer aos mandamentos de Deus. Quando olharmos com discernimento, descobriremos que para toda paixão há uma cura, um mandamento oposto; portanto, os inimigos da humanidade tentam nos afastar desta cura salvadora" (São Macário).
São Paulo afirma que este combate se trava contra nós (cf. Ef. 6,12). Sim, estamos em combate, e como bons combatentes precisamos estar aparelhados e bem treinados sabendo que o Senhor nos concede os meios necessários para nos preparar devidamente. É necessário, no entanto, permanecer firme sem jamais desanimar como nos orienta a Palavra de Deus em Efésios 6,10 – “fortalecei-vos no Senhor” quer dizer: adquira força espiritual.
Mas, fiquemos em alerta, o mal anda ao redor, buscando a quem possa devorar (cf. I Pe. 5,8) e lembre-se que ao nos tornar cristãos, entramos diretamente num antigo campo de batalha onde temos à nossa frente um triplo inimigo: o mundo, a carne e o demônio. Para vencê-los precisamos entender tudo quanto pudermos sobre eles, afinal nenhum general vai à batalha sem conhecer as estratégias do seu inimigo.  Vamos então, rapidamente examinar cada um deles:
Primeiro, o mundo. Quando a Bíblia fala “do mundo” neste contexto, refere-se ao sistema culpado, rebelde, do mundo. É o mundo que gosta das trevas e odeia a luz (Jo 3,20), que é dirigido “pelo deus deste século” (II Cor 4,4), “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2,2).
O segundo inimigo é o demônio. Ele é conhecido como “o deus deste século”. Era o nosso pai espiritual antes de pertencermos à família de Deus pelo santo Batismo (cf. Jo. 8,44; Ef. 2,2-3). Jesus o definiu como um ladrão que vem para “matar, roubar e destruir” (cf. Jo. 10,10).
O terceiro inimigo é aquilo a que a Bíblia chama “a carne”. É a nossa natureza culpada. O campo de batalha é o nosso pensamento. Se você tem um pensamento ávido, será atraído pelo mundo e por todo o seu pecado. O pensamento é o centro de tratamento de dados para os olhos e os ouvidos. É o centro dos seus apetites. Qualquer pecado tem a sua raiz “no coração” (cf. Mt. 15,19) e sempre fazemos uma escolha antes de pecar. O pecado se concretiza, porque não refletimos antes de pecar. A Bíblia avisa que a cobiça precede o pecado e o pecado, quando é concebido, conduz à morte. Cada dia da nossa vida, temos que fazer uma escolha: Pecar ou não pecar, eis a questão! Eis aí o combate do dia-a-dia!
Na Palavra de Deus e na vida dos santos da Igreja encontramos muitas dicas importantes e práticas sobre como combater estes inimigos. Em Efésios 6,13-18 encontramos uma descrição da armadura espiritual que Deus nos concede. Devemos resistir firmes com o cinturão da verdade, a couraça da justiça, o Evangelho da paz, o escudo da fé, o capacete da salvação, a espada do Espírito e a oração.
Tudo isso nos fortalecem, nos dão discernimento e abrem os nossos olhos espirituais para que enxerguemos o inimigo e suas astúcias para obtermos êxito em combatê-lo. São, portanto, armas poderosas e imprescindíveis no combate espiritual.
Desta forma teremos removido os principais bloqueios que nos impedem de ver com os olhos de Deus e que nos deixam paralisados nos impedindo de exercer a intercessão profética em favor dos irmãos. Não podemos descansar, dormir ou cochilar! Devemos orar e vigiar, em todo o tempo para nos mantermos íntegros e abertos às inspirações do Espírito de Deus.
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão

INTENÇÕES PARA ESTE MÊS
1.    Para que cesse a violência no Brasil e no mundo.
2.    Pelas eleições para deputados, governadores e presidente no Brasil em outubro.
3.    Pela unidade entre todos os membros da RCC do Brasil.
4.    Pelos próximos eventos de evangelização da RCCBRASIL:
       - Encontro Nacional de Intercessão Profética nos dias 25 a 28/09 em Aparecida/SP.
       - Congresso Nacional do Ministério de Pregação nos dias 17 a 19/10 em Barueri/SP.
5.    Pela Reunião de Oração do seu Grupo de Oração (pelo pregador, dirigente, músicos e demais servos e pelas pessoas que participam da Reunião de Oração).
6.    Pelos Grupos de Oração na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil.
7.    Pelos Ministérios da RCC no seu Grupo de Oração, Diocese, Estado e no Brasil.
8.    Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesano, estadual e nacional da RCC.
9.    Pelos projetos da RCC na Diocese, no Estado, no Brasil na América Latina e no Mundo.
10.  Pelos eventos de evangelização da RCC no seu Grupo de Oração, na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil.
11.  Pela Reunião dos Conselhos Diocesano, Estadual e Nacional neste ano.
12.  Pelas coordenações do seu Grupo de Oração, da RCC na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil (Coordenadora Nacional: Katia Roldi Zavaris e sua família).
13.  Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelo seu Bispo diocesano, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos e Religiosas e pelos Seminaristas.
14.  Pelas casas de missão da RCCBRASIL e pelos missionários e missionárias.
15.  Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores.
16.  Para que todos os membros da RCC do Brasil se abram para a moção da Reconstrução.