segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Rede Nacional de Intercessão Novembro 2013

Sentimo-nos na obrigação de incessantemente dar graças a Deus a respeito de vós, irmãos. Aliás, com muita razão, visto que a vossa fé vai progredindo sempre mais e desenvolvendo-se a caridade que tendes uns para com os outros. De sorte que nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, pela vossa constância e fidelidade no meio de todas as perseguições e tribulações que sofreis. (ITes 1,3-4).
Percebemos neste trecho da carta aos Tessalonicenses que São Paulo atribui à caridade (ou amor fraterno) entre os irmãos um papel fundamental no fortalecimento e na manutenção da fé do cristão. Para o apóstolo, o amor fraterno é um imperativo que todo cristão deve praticar afim de que sejam considerados nascidos de Deus.
O amor fraterno é um sentimento de carinho, de dedicação, de interesse pelo outro, gerando sentimentos positivos e construtivos, podendo até em certos momentos, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo.
Geralmente, este sentimento fraternal acontece entre irmãos, que podem ter afinidade sanguínea ou não. É um sentimento de dedicação absoluta, sem qualquer outro interesse, que não seja o fazer o bem,  sem jamais desejar algo em troca. Muitas vezes estes sentimentos de afeto que ligam as pessoas, são decorrentes não só de laços familiares, como religiosos ou patrióticos.
O amor fraterno valoriza a confiança mútua, havendo também um perfeito entrosamento entre as pessoas, porque são relacionamentos tranquilos e afetuosos, duradouros e estáveis, profundos e compromissados.
Sabemos que o amor incondicional de Deus, que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, é a mais poderosa arma espiritual para vencer todas as barreiras e dificuldades nos nossos relacionamentos. O amor “jamais acaba” (ICor 13,8). Não há um conflito sequer que não seja amenizado ou mesmo eliminado pela intercessão quando o amor fraterno é uma realidade entre os intercessores. Por isso, é importante que todo intercessor se esforce em encontrar formas de manifestar amor para com o seu próximo. Podemos começar este exercício entre os nossos familiares, entre os nossos irmãos e irmãs no Ministério e entre os irmãos do nosso Grupo de Oração e da nossa comunidade paroquial.
Se soubermos olhar com profundidade e com fé nossas relações humanas, veremos que nelas o desígnio de Deus acontece. Vamos perceber que não é por mero acaso que nos encontramos com tal pessoa, que trabalhamos juntos com tais colegas, que moramos juntos e que participamos do mesmo Grupo, e constataremos que Deus tem algo a ver com todos os nossos relacionamentos interpessoais.
Sabemos, no entanto, que amar o próximo não se resume em apenas dizer para alguém que o ama, mas em um amor que se mostra por atitudes concretas, por ações efetivas, por obras. Amor fraterno não é amor de palavra, mas amor por obras e em verdade.
“Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos. (...) Nisto temos conhecido o amor: (Jesus) deu sua vida por nós. Também nós outros devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade”. (IJo 3, 14-18)
Assim irmãos, queremos motivá-los a buscarem meios concretos para promover em seu grupo as bênçãos do amor fraterno. Vamos ficar atentos aos pequenos detalhes que fazem parte dos nossos relacionamentos. Vamos procurar surpreender os nossos irmãos e isso pode ser feito com coisas simples. Por exemplo: ao invés de apenas desejar a paz de Jesus de maneira displicente, vamos realmente deseja-la com profundidade. Ao invés de apenas acolher o irmão com um aperto de mão, vamos também oferecer-lhe um sorriso acolhedor, vamos ficar mais atentos às necessidades do irmão e procurar ajuda-lo quando preciso. São atitudes assim que aperfeiçoarão os nossos relacionamentos e contribuirão para que o amor fraterno seja uma realidade mais presente em nosso meio. E desta forma, teremos a firme convicção de que a nossa súplica na intercessão chegará até Deus que se apressará a realizar o que pedimos na oração.
Que o Senhor Jesus nos ensine a amar.
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão

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