quinta-feira, 7 de julho de 2011

Agenda Segundo Semestre para a Coordenação Estadual do Ministério.

JULHO
22, 23 e 24 Retiro de oração por cura e libertação para intercessores DIOCESE DE OSÓRIO.

AGOSTO
19, 20 E 21 Retiro de oração e formação para intercessores DIOCESE DE NOVO HAMBURGO.

SETEMBRO
9, 10 E 11 Retiro de Intercessores ARQUIDIOCESE DE PORTO ALEGRE.
16,17 e 18 Retiro de Intercessores DIOCESE DE PASSO FUNDO.

OUTUBRO
15 ou 16 Retiro Intercessores com o coord. nacional do Ministério DIOCESE DE CAXIAS DO SUL.
20, 21 e 22 XXII Congresso Estadual em Tramandaí.

Coordenadores diocesanos do Ministério de Intercessão em oração por todos os intercessores no Santuário de Caravaggio




Retiro de oração e formação diocese de Caxias do Sul




26 e 27 de Março de 2011 Retiro de oração e formação Ministério de Intercessão Diocese de Frederico W.









Rezemos pelo Conselho Estadual que estará reunido em retiro de oração no próximo final de semana

Queridos intercessores e queridas intercessoras!
Paz e bem!!
No próximo final de semana o conselho estadual estará reunido em retiro de oração. Rezemos por todos os conselheiros que estarão reunidos e para que seja uma experiência de amor com Deus e com os irmãos. Deus fará maravilhas tenho certeza, mas vamos sustentar esse retiro com jejuns, rosários, adoração e muito louvor.
Abraços. Deus abençoe todos nós e nossas famílias.

Vitória pelo poder do Sangue de Jesus!!

‎"Que Jesus seja conhecido, amado e adorado por todos e em todo o mundo." (Santa Paulina)

Devoção ao Precioso Sangue de Jesus!!

A Devoção ao Preciosíssimo Sangue pode e deve manifestar-se:

1- Venerando-o no Santíssimo Sacramento, principalmente no momento da elevação do Sagrado Cálice, na Santa Missa.

2- Recebendo-o na Sagrada Comunhão, mesmo somente sob as espécies de pão, pois que "o Sangue divino está indissoluvelmente unido ao Corpo de Cristo no Sacramento da Eucaristia.

3- Honrando-o com especiais orações e com a Ladainha, principalmente durante o mês de julho, que é o mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Comunidade Canção Nova.

O COMBATE ESPIRITUAL


Combate no grego é “strateo” que significa “expedição”, “campanha”, “guerra”. O uso desse vocábulo é proveniente do contexto militar romano. O apostolo Paulo inúmeras vezes o utilizou para mostrar que a vida do cristão deve ser a de um soldado.
O clássico texto de São Paulo aos Efésios 6, 10-20 – a armadura do cristão – é o exemplo mais conhecido dessa associação entre a vida do soldado e a vida do cristão. Há também outras passagens bíblicas que atestam isso: Fl 1,30; 1Tim 1,18; 6,12; 2Tim 4,7.
Esse combate espiritual não acontece em uma “outra dimensão”; num “cosmo distante” ou nas regiões celestiais. O palco sobre o qual ele se desenrola é a terra onde habitamos (Ap 12,12).
“Só um louco não vê, só o estulto não compreende” (Sl 91,7) ao ver os sinais tão evidentes desse combate acontecendo: guerras nacionais e tribais; continentes inteiros condenados à morte; aumento da violência, da criminalidade, predominância de leis mais contrárias à vida e que favorecem o aborto; a segregação racial, a usurpação da lei natural das relações entre homem e mulher; milhares de jovens viciados em drogas, desagregação familiar, hedonismo, xenobismo, relativismo, secularismo, etc.
Ondas de paganismo assolam nações; em outras predominam o fundamentalismo armado, crescem exageradamente os adeptos dos grupos de tendências satânicas; pessoas de má fé usam o Nome e a Pessoa de Jesus em benefícios próprios; apostasias dentro da igreja, perseguições aos cristãos, catástrofes naturais: “O planeta grita por socorro”.
Longe de querer fazer um “prognóstico dos últimos tempos”, esse quadro objetivamente nos alerta para o fato de que o combate espiritual está mais próximo do que imaginamos.
“Isso é tanto mais importante, porque sabeis que em que tempo vivemos. Já é hora de despertarmos do sono. A salvação está mais próxima do que quando abraçamos a fé. A noite vai adiantada e o dia vem chegando. Despojemos-nos das obras das trevas e vistamos-nos das armas da luz”. (Rm 13,11-12)
Num tom altivo e profético, o Papa João Paulo II afirmou que “estamos no meio de uma luta entre as forças obscuras do mal e as forças da redenção” (A queda dos anjos rebeldes¹).
O tempo urge por uma decisão. Não dá mais para ficar em cima do muro. É preciso decidir de que lado nós queremos estar. Os indecisos são os primeiros a tombarem no combate(Ap 3,16).
Sábias e incisivas foram as palavras do Papa Paulo VI ao dizer que “o cristão deve ser militante, vigilante e forte”(Livrai-nos do Mal²).
Como nunca, precisamos de homens e mulheres que defendam os direitos de Deus, da igreja e da própria dignidade humana, Homens e mulheres que sejam retos no seu falar e no seu proceder. Que sejam capazes de dar uma resposta clara acerca das verdades fundamentais da salvação realizada em Jesus Cristo e da missão confiada à Igreja.
Todo batizado, sem exceção, é chamado a ser “Soldado de Cristo” (2Tim 2,3). Tertuliano, um dos grandes Padres da Igreja do século III, chamava o Sacramento do Batismo de “Sacramentum Militare”, Sacramento do Combate. Para ele, batizar-se correspondia ao ingresso imediato na Milícia de Cristo e aptidão para as lutas que deveria travar. Militia est vitam hominis super terram (Jó 7,1).
Descruzemos nossos braços! Tomemos a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, e empunhemos o escudo da fé! Toquemos as trombetas! Gritemos: “Vitória de Deus!”.
Ergamos o estandarte da Santa Cruz! Marchemos diligentemente! O combate contra as forças do mal “é próprio da vida da Igreja neste tempo derradeiro da historia da salvação” (A queda dos anjos rebeldes³).
¹ Catequese do Papa João Paulo II. Audiência de 13/08/1986, publicada no L’Osservatore Romano, ed. port., de 17/08/1986.
² Audiência de 15/11/1972, publicada no L’Osservatore Romano, ed. port. Em 24/11/1972.
³ Catequese do Papa João Paulo II, Audiência de 13/08/1986, publicada no publicada no L’Osservatore Romano, ed. port., de 17/08/1986
Padre Gilson Sobreiro
Fundador da “Fraternidade “O Caminho”
Trecho extraído do livro: Batalha Espiritual

Intercessão nos Eventos da RCC

Intercessão nos Eventos da RCC


a) Responsáveis pela organização da intercessão.

Depende de qual a instância da RCC que está organizando o evento, ou seja, se o evento for organizado pela equipe nacional, o coordenador nacional do Ministério de Intercessão será o responsável pela organização da intercessão. Se for a RCC do estado quem está organizando o evento, então o coordenador estadual do Ministério de Intercessão é quem deverá ser o responsável e assim sucessivamente para a diocese e para o Grupo de Oração.


b) Critérios para a organização da intercessão em eventos.

1. A equipe deve ser composta com no mínimo seis e no máximo doze intercessores independente do tamanho do evento.

2. Os intercessores escolhidos, ao aceitarem a missão, deverão começar a orar pelo evento a partir do momento que tomarem conhecimento dele. A intercessão estará em oração pelos pregadores, pelos músicos e por todas as situações solicitadas pela coordenação.

3. Durante o evento, os organizadores devem oferecer um local, sala ou capela onde o Santíssimo Sacramento fique exposto (com a permissão da autoridade eclesiástica) para a intercessão. Importante lembrar que, uma vez que Jesus Eucarístico estiver exposto, Ele não pode ficar sozinho.

4. Não sendo possível uma capela ou a disponibilidade do Santíssimo, deve-se providenciar um local propício para a oração dos intercessores.

5. O local da intercessão deve ser reservado, não devendo entrar quem não seja do ministério. O ideal é ter uma sala para adoração com o Santíssimo exposto para que mais pessoas possam frequentar e outra reservada exclusivamente para a intercessão.

6. Se for disponibilizado local com o Santíssimo exposto para a adoração, é necessário que uma equipe de intercessores fique se revezando nesta sala para evitar que o Santíssimo seja deixado só. Deve-se definir um intercessor para fica responsável por este local, cuidando inclusive do revezamento da equipe que poderá ser conforme definição dos responsáveis pela intercessão do evento.

7. Nos dias que antecedem o evento os intercessores poderão participar das reuniões de organização e também fazer reuniões de intercessão pelos encaminhamentos e dificuldades que forem surgindo. Poderão ser definidos, inclusive, dias de jejum, de adoração, e tudo mais o que o Espírito Santo suscitar.

c) Revezamento da equipe de intercessores na sala de intercessão durante o evento.

1. Para os eventos com duração de até dois dias

• Recomendamos que a equipe de intercessão seja a mesma para todos os dias, sem revezamentos. Isso é necessário para evitar a dispersão da equipe e para facilitar a intercessão profética.

• Para os horários de almoço, lanches e janta os intercessores deverão fazer um revezamento entre os membros da própria equipe, porém sempre tomando o cuidado para que permaneçam ao menos dois intercessores intercedendo na sala de intercessão.

2. Para os eventos com duração de três dias ou mais.

• Neste caso, poderá haver revezamento das equipes, porém a escala de cada equipe não deve ser inferior a dois dias. Se no caso o evento tiver três dias de duração, recomendamos que a primeira equipe permaneça os dois primeiros dias e a segunda equipe atue no terceiro dia do evento. Porém antes da segunda equipe assumir é recomendável que esta equipe seja colocada a par de tudo o que a primeira equipe orou e discerniu. Desta forma é importante que as duas equipes tenham um momento em comum de oração e de partilha antes de a segunda equipe assumir a intercessão.

d) Desenvolvimento da reunião da intercessão em eventos

1. Os membros da equipe de intercessão devem preparar-se no período que anteceder o evento através das práticas espirituais (jejum, sacramento da penitência, participação da celebração eucarística, adoração, meditação do santo terço, oração pessoal e leitura orante da Bíblia). Aliás, estes práticas devem estar presentes no dia-a-dia de qualquer intercessor.

2. No início da intercessão sugere-se que se proceda da seguinte maneira:

a) Iniciar com a oração de São Miguel Arcanjo.
b) Orar o Magnificat (Lc 1,46-55).
c) Clamar a armadura do Cristão proclamando a Palavra de Ef 6,10-17.
d) Pedir a Jesus o dom da humildade (2 Cor 10,4-5).
e) Clamar pela proteção do sangue de Jesus sobre todos os servos, suas casas, famílias, trabalhos, etc. (1 Pd 1,18-19; Rm 5,9).
f) Pedir a proteção de Maria Santíssima como mãe e intercessora junto a Jesus e a proteção de todos os anjos e santos de Deus.
g) Fazer em seguida um breve momento de oração de perdão individual.
h) Orar uns pelos outros pedindo o Batismo no Espirito Santo, para que todos sejam canais sem obstruções.
i) Em seguida faz-se um grande louvor, ora-se em línguas com manifestação dos carismas (dom do discernimento, palavra de sabedoria, palavra de ciência, visualizações, etc.). Estes carismas devem ser utilizados durante toda a extensão da reunião durante o evento.

3. Exercer a intercessão profética e de concórdia: a palavra de ciência e de sabedoria ajudará a orar pelas situações que forem surgindo. Para isso é preciso fazer silêncio e escuta depois do momento de louvor ou da oração em línguas. As orações da equipe de intercessão deverão ser inspiradas no poder do Espírito Santo, usando os carismas de ciência, profecia, sabedoria e discernimento.

4. A Bíblia deve ser usada como referência para a oração e para algumas confirmações na Sagrada Escritura.

5. As profecias, palavras de ciência, visualizações e moções devem ser bem discernidas entre os intercessores fazendo-se uso do discernimento reflexivo. Em seguida estes direcionamentos deverão ser escritos de forma coerente, concisa e objetiva e encaminhados para a coordenação geral do evento.

6. No momento da missa os intercessores devem participar dela.
A missa é a maior intercessão existente, pois é o memorial da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste caso o Santíssimo deverá ser recolhido e depositado no sacrário.

7. Ao final de cada dia do evento a intercessão deve terminar com louvores e orações de ação de graças, crendo que todas as orações já chegaram diante de Deus. É importante ressaltar que mesmo encerrada a intercessão no evento o intercessor continua intercedendo em seu coração e em suas orações pessoais, devendo ficar atento, pois o Senhor poderá lhe conceder palavras, discernimentos e moções durante este período e até mesmo quando estiver dormindo o Senhor poderá desejar lhe falar em sonho.

Amados irmãos e irmãs intercessores, é preciso que nos convençamos de que a base de tudo o que realizamos na RCC está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se queremos contemplar conversões em nossos eventos e em nossos Grupos de Oração, precisamos desenvolver profundo amor e paixão pelas almas perdidas, e insistir neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver em nossas reuniões de oração e eventos da RCC lágrimas sendo vertidas em prol dos pecadores perdidos. Não há fórmulas, métodos ou estratégias mais eficazes para a conversão de pecadores do que a fervorosa intercessão.

Que o Senhor derrame sobre todos nós o seu Espírito Santo para que a cada dia aumente em nossos corações o desejo santo de salvar almas.

Luiz César Martins
Coordenador Nacional do Ministério de Intercessão


COMO É A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NO GRUPO DE ORAÇÃO?


A Reunião de Oração é o momento em que o grupo acontece aberto para todos virem beber da Água Viva do Espírito Santo, tendo um encontro pessoal com o Senhor Jesus e uma experiência do Amor de Deus Pai; louvando, cantando, sendo alimentados e curados pela palavra pregada. A partir desta Reunião semanal, buscamos caminhar numa vida no espírito (metanóia=conversão contínua). A Reunião de Oração é essencialmente um grupo de louvor que se reúne semanalmente.
Na Reunião de oração, os dons do Espírito Santo se manifestam (cf. Rm 12; 1 Cor 12,4ss), assim como os frutos do Espírito (cf. Gl 5,22; Cl 3,12) pelos quais somos levados a uma especial comunhão com a Santíssima Trindade para vivermos unidos aos irmãos (Comunidade-GO). Os carismas vão aflorando no grupo em meio aos participantes, e pelo pastoreio do coordenador com o auxílio do Núcleo vão se definindo (discernindo) as Equipes (ministérios) necessárias para o funcionamento e crescimento do grupo de oração.
A Intercessão é uma das equipes de serviço do GO, sendo assim, todos os que dela fazem parte são participantes do mesmo grupo onde fervorosamente louvam, vivem os carismas e ouvem a palavra proclamada (podendo até mesmo ser um dos pregadores do grupo). O Intercessor é um participante assíduo do seu GO!
Durante a Reunião de Oração os intercessores estão dentro do grupo, participando e vivendo o Pentecostes. Todo servo na RCC, em qualquer esfera, é antes de tudo um participante do Grupo de Oração. Todos os ministérios/serviços nascem e são caracterizados pelo exercício continuado dos carismas nos Grupo de Oração[1]. Portanto todos devem estar, freqüentar e participar permanentemente dele (cf. At 2,42-47).
A Equipe/Ministério de Intercessão é um grupo menor, formado por doze pessoas no máximo (a proporção está relacionada ao tamanho do grupo de oração), que se reúne semanalmente em outro dia diferente da Reunião, para interceder pelos pedidos das pessoas do GO que geralmente são recolhidos numa cestinha depois de cada reunião de oração e entregues para alguém da equipe de intercessão.
Porque é um ministério do grupo de oração, a equipe/ministério de intercessão é constituída por pessoas que participam desse grupo e que tenham sido escolhidas em oração e discernimento do núcleo e chamadas pelo dirigente/coordenador do grupo de oração.

II. Como formar uma Equipe de Intercessão?


A equipe/ministério de intercessão é formada pelo discernimento do Núcleo do Grupo de Oração, como todas as outras equipes de apoio do grupo.
O Grupo de Oração é uma pequena comunidade e necessita de vários serviços (ministérios) conforme as pessoas vão vivendo o batismo no Espírito Santo e os carismas vão aflorando do meio do povo. O núcleo do grupo de oração é quem tem o carisma de governo e coordenação do grupo, e é o responsável por organizar as equipes que vão sendo necessárias para o funcionamento e crescimento do grupo: acolhida, cura, crianças, intercessão, música, novos, livraria, etc. Cabe ao núcleo discernir as pessoas do grupo que serão chamadas para as diversas equipes. Vale ainda ressaltar que mesmo havendo equipe de intercessão, é o núcleo o primeiro e principal intercessor do Grupo.
Os servos do núcleo do grupo selecionam alguns nomes (ouvindo também sugestões dadas pelos outros servos do próprio grupo), e em sua oração pessoal ouvem o Senhor e confirmam na Palavra de Deus. Num segundo momento partilham na reunião do núcleo, o que o Senhor falou. Os nomes que forem orados e confirmados por membros do núcleo, deverão ser chamados para a equipe de intercessão. Os nomes que não foram unanimemente confirmados, deverão continuar sendo orados até um maior discernimento espiritual.
Assim, para formar a equipe de intercessão, o núcleo deve através da oração, juntamente com o jejum e o pastoreio, pedir ao Espírito Santo o discernimento sobre as pessoas que devem formar ou entrar para a equipe.

Há critérios humanos que também auxiliam na escolha das pessoas, tais como:

·       Ser madura na fé, buscando uma vida de oração pessoal diária;
·       Ter vida sacramental (confissão e eucaristia);
·       Ser sigilosa e discreta;
·       Ser assídua ao grupo de oração;
·       Ser obediente e submissa à coordenação do grupo de oração;
·       Ser sincera e humilde;
·       Assumir o compromisso de reunir-se semanalmente para a intercessão.

Sabendo que o Senhor não olha as aparências, procurando chamar apenas os capacitados, mas Ele vai capacitando os escolhidos!
A vivência e uma caminhada maior na Renovação Carismática também ajudam, mas não deve ser o principal critério de escolha, pois alguns, pela abertura maior, atingem uma maturidade espiritual e uso dos dons antes dos outros.
O grupo deve ter entre 6 a 12 pessoas, dependendo do tamanho do grupo de oração. Alguns membros da equipe de intercessão deverão fazer parte também do núcleo como representantes do ministério, e nesse caso poderão também pregar no grupo e conduzir a reunião do grupo aberto, conforme os carismas que o Senhor for distribuindo para cada membro do núcleo.
A equipe de intercessão recebe notícias e orientações do núcleo e deve tomar parte em retiros e aprofundamentos anunciados na reunião, procurando sempre crescer mais no Espírito Santo e no seu ministério.
Depois de formada a equipe de intercessão, discerne-se qual, entre os participantes, será o responsável pelas coisas práticas, por exemplo, o local onde deverá ser a reunião, de preferência fixa, o mesmo dia da semana e hora; recebimento de cartas, bilhetes, telefones e pedidos de oração. As reuniões da equipe de intercessão deverão ser semanais, sempre em dia e horário diferentes das da reunião de oração.
Não há uma autoridade entre os intercessores, pois todos devem buscar a humildade e a vontade de Deus através da revelação do Espírito.

III. Desenvolvimento da Reunião da Intercessão


Sendo participantes do GO, os intercessores devem fazer a reunião do ministério de intercessão, em outro momento, de preferência num dia da semana diferente do grupo.
Os membros do grupo de intercessão devem preparar-se antes de ir para a reunião na oração pessoal, por alguma forma de jejum, reza do terço, devoções pessoais, etc.
O local pode ser numa capela, na casa de um intercessor ou numa sala da paróquia. Não há exigência que seja diante do sacrário. O critério de discernimento deve ser a privacidade e a liberdade no Espírito que os intercessores terão no lugar escolhido.
Na reunião da intercessão sugere-se que no início se faça a oração de São Miguel Arcanjo, ore-se o Magnificat (cf. Lc 1,46-55), cântico de libertação, pedindo a proteção de Maria Santíssima como mãe e intercessora; a armadura do Cristão (cf. Ef 6,10-17), pedir o dom da humildade (cf. 2 Cor 10,4-5), a proteção do sangue de Jesus sobre nós, nossas casas, famílias, trabalhos, etc (cf. 1 Pd 1,18-19; Rm 5,9). Ressaltamos, contudo que essas orações não são “fórmulas mágicas”, devendo ocupar um breve tempo inicial da reunião, e que só terão eficácia se todos os intercessores estiverem abertos e sendo movidos pelo Espírito Santo de Deus.
Faz-se então um breve momento com oração de perdão individual e orando-se uns pelos outros, para que sejamos um canal sem obstruções.
A intercessão é uma oração de batalha espiritual, por isso todos precisam do sustento da oração uns dos outros. Mesmo durante a semana podemos recorrer uns ao outros para participar e orar por alguma necessidade pessoal, mas deve ficar bem claro que ao iniciar o grupo de intercessão, os interesses pessoais e preocupações ficam de fora, porque nossa prioridade é prestar um serviço aos irmãos. O nosso enfoque passa a ser o que vem nos pedidos de oração.
O grupo deve dispor sempre de um tempo para orar, uns pelos outros, por suas famílias, comunidades e ainda, se for o caso, por alguma necessidade ou problema imediato. Esta intercessão é muito importante e para ela deve ser reservar um tempo determinado, tomando cuidado para não absorver o tempo destinado a finalidade principal da reunião: a intercessão pelas necessidades dos participantes do grupo de oração.
Cuidado com pessoas que vão para a reunião da intercessão para se servirem de Deus ao invés de servirem a Deus!
Depois dessas orações iniciais faz-se um grande louvor, ora-se em línguas com manifestação dos carismas (dom do discernimento, palavra de sabedoria palavra de ciência, visualizações, etc.), que são utilizados durante toda a extensão da reunião.
Devemos pedir ao Espírito Santo a maneira como devemos orar por cada situação, exercendo a intercessão profética. Muitas vezes somos movidos pelo Espírito a fazer jejum, rezar o rosário em casa, ou naquele momento fazermos uma intercessão de concórdia. A palavra de ciência ajuda-nos a orar pela causa de alguma situação ou enfermidade. Para isso é preciso fazer silêncio e escuta depois do momento de louvor ou da oração em línguas.
A Bíblia deve ser usada como referência para a oração e para algumas confirmações, quanto aos discernimentos. É importante a intercessão ter um caderno com o histórico do que o Senhor está falando.
Não é papel da intercessão discernir o andamento do grupo de oração, ao qual pertence, mas sim, suplicar e orar pelas necessidades dos participantes do grupo. O núcleo é o intercessor principal de si mesmo e é quem discerne como será o andamento do grupo de oração.
As orações da equipe de intercessão deverão ser inspiradas pelo Espírito Santo, usando-se os dons necessários às realidades dos pedidos, principalmente o dom de línguas. Assim é possível fazer oração por cura, libertação, súplicas, clamor, saturação, conforme a inspiração do Espírito Santo para a pessoa ou situação apresentada.
Ao orar-se pelos pedidos dos papéis, caso não sejam lidos, deve-se deixar o Espírito Santo mover a oração, pedindo dons de revelação e impondo-se as mãos sobre eles. No caso de leitura dos mesmos, deve-se sempre guardar sigilo absoluto, até mesmo depois das reuniões entre os próprios membros da equipe. Depois se joga água benta e sugere-se queimá-los para garantir o sigilo.
Quando várias pessoas se unem num só espírito e num só coração, há ordem e harmonia e a eficácia da intercessão se faz sentir conforme o equilíbrio que a reunião for sendo conduzida.
Cuidado com pessoas que monopolizam ou querem impor seu discernimento aos demais.
A Reunião da intercessão deve terminar com louvores e orações de ação de graças, crendo que todas as orações já chegaram diante do trono. Os intercessores devem também colocar aos pés da cruz de Jesus todas as dificuldades, fardos e situações que foram apresentadas naquele dia. O intercessor não leva o fardo dos outros para casa.
O tempo de duração da reunião da intercessão deve ser entre uma hora e meia e duas horas.

IV. Freqüência à Reunião da Intercessão


Assim como nas reuniões do grupo de oração, os intercessores não devem faltar também às reuniões da intercessão. O dia e a hora do grupo de intercessão devem ser respeitados e levados a sério. A intercessão é um ministério de vida, a pessoa continua a interceder mesmo fora das reuniões, em sua vida diária, em meio aos afazeres. Se um servo (a), mesmo sendo bom (a) intercessor (a), tem dificuldades em freqüentar a reunião do grupo de oração e/ou a reunião da intercessão, ele (a) não deve continuar como servo (a) do grupo.
Naturalmente doenças, viagens, prioridades de estado (família, estudos) fazem parte da vida dos intercessores, acarretando por vezes ausências que não podem ser vistas como infidelidade à aliança, contudo se fizer necessário uma ausência prolongada, deve se pedir licença da equipe. Nesses casos deve se buscar auxílio para o discernimento tanto para o afastamento quanto para o retorno.
Para exercer um ministério (serviço), o Senhor sempre dá condições e vai capacitando o servo para exercê-lo.

 

V. Equipe de Intercessão e Equipe de Cura


A equipe de intercessão não tem a finalidade de atender pessoas e orar por cura e libertação individualmente. Essa função cabe ao Ministério de Oração por Cura e Libertação que também não deverá acontecer durante a reunião de oração. À Intercessão cabe orar pela Igreja, pela Renovação Carismática Católica na Igreja e suas lideranças nos diversos níveis, pelas autoridades civis e pelas realidades e dificuldades das pessoas do grupo de oração (cf. 1 Tm 2,1-2).
Durante a reunião da equipe de intercessão não se ora por ninguém de fora, a reunião do ministério é fechada, não devendo participar dela quem não seja da equipe (pode haver exceções como a visita do dirigente/coordenador do grupo).
Pode ser, no entanto, que pessoas da equipe de intercessão exerçam também o ministério de oração por cura e libertação, uma vez que Deus não economiza sua graça àqueles que estão abertos à ação do Espírito.
Esses dois ministérios são afins, pois enquanto estamos intercedendo por alguém, curas e libertações estão ocorrendo e quando oramos com alguém num atendimento, estamos intercedendo para que Jesus, aquele que cura, opere um milagre na vida da pessoa por quem se ora. Pode o intercessor em outro momento exercer também o ministério de oração por cura e libertação.
Portanto é importante que quem participa do ministério de intercessão busque a formação também do ministério de oração por cura e libertação.

VI. Orientações práticas para o Intercessor


·         Freqüentar com assiduidade o grupo de oração – O grupo de oração é a base do ministério. Assim os membros de uma equipe de intercessão, que é um serviço do grupo de oração, devem freqüentar assiduamente este grupo para se alimentar, caminhar junto e para prestar atenção às necessidades do grupo.

·         Fazer algum tipo de jejum ao menos 01 vez por semana – Mt 6,16-18; Is 58,6-7 – O jejum acompanhado de oração é de grande eficácia. Aconselha-se o jejum proposto por Nossa Senhora em Medjugore, as quartas e as sextas-feiras. No dia de reunião da intercessão sugere-se uma preparação incluindo penitência ou jejum.

·         Revestir-se diariamente da armadura do cristão – Ef 6,13-17 – Como defesa contra os ataques do inimigo, vistamos a Armadura do Cristão todos dias ao levantarmos.

·         Rezar diariamente o Rosário e o Magnificat – Lc 1,46-55 – É pedido de Nossa Senhora que rezemos no mínimo o quarto (antigo teço) todos os dias. É uma oração de grande valor como ressalta o Santo Padre na Carta Apostólica: “Rosarium Virginis Mariae”.

·         Louvar ao Senhor sempre. O louvor é a arma da vitória, o louvor liberta, pois tiramos os olhos de nós mesmos e olhamos para o Senhor. Ampliamos nossa visão para que Deus aja. Eclo 43,32-33

·         Ter uma vida de oração pessoal e escuta – Is 50,4-5

·         Ler e meditar a Palavra de Deus – Sempre ir buscar discernimento na fonte da sabedoria que é a Palavra de Deus. A intercessão alimentada pela Palavra tem grande eficácia (cf. Sl 118,105).

·         Participar o maior número de vezes por semana da Eucaristia e pelo menos uma vez por mês do sacramento da reconciliação com um sacerdote.




Vicente Gomes de Souza Neto


[1] § 83,84 e 85. Missão e Ministério dos leigos e leigas. Documento 62 da CNBB. Ed. Paulinas. 1999.

O Sinal da Cruz


São Jerônimo escreve: “O Sinal da Cruz é um escudo que nos põe a salvos das flechas inflamadas de Satanás e dos demônios. Nunca sairás de casa sem que faças o Sinal da Cruz. Ele será para ti bordão, arma forte e inexpugnável. Nem homem, nem coberto de tal demônio ousará atacar-te se estiveres coberto de tal armadura”.

O sinal da Cruz é uma oração. Ele é um exorcismo. È necessário que se tenha uma grande confiança no valor deste sinal, que deve ser traçado pausadamente, com firmeza e confiando que nele vai o poder de Deus Uno essência e Trino em pessoas e que este afasta de nós a influência do espírito maligno e por virtude dos sofrimentos redentores de Jesus Cristo, nos transmite a Onipotência do Pai, a Sabedoria do Verbo e a Santidade gloriosa do Espírito Santo.

Santo Agostinho dizia que “os cristãos que tinham que freqüentar as assembléias do mundo, quando alguma coisa lhe fazia medo, armavam-se com o Sinal da Cruz. É com o Credo e com o Sinal da Cruz que é necessário repelir o inimigo. Revestido destas armas o cristão sem dificuldade triunfará do espírito maligno. A Cruz basta para desfazer todas as maquinações do espírito das trevas”.

Tertuliano (+ 200) atesta que “Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o Sinal da  Cruz.” (De corona militis 3)

São Hipólito de Roma (+235) descrevendo as práticas dos cristãos do século III: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o Sinal da Cruz. Este Sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o  Cordeiro verdadeiro; ao fazer o Sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

Santo Atanásio escreveu que: “ O Sinal da Cruz torna impotentes todos os artífices da magia, ineficazes todos os encantos e lança ao abandono todos os ídolos. Por ele é moderado, abatido e extinto o fogo da voluptuosidade mais brutal e alma curvada para a terra, levanta-se para o Céu. Outrora os demônios enganavam os homens, tornando diferentes formas postadas à beira das fontes e dos rios, dos bosques e nos rochedos, surpreendiam por artificiosos enganos aos insensatos mortais.
Mas, depois da vinda do Verbo Divino, basta o Sinal da Cruz para desmascará-los a todos...Em virtude deste sinal sagrado, fogem os demônios, calam-se os oráculos e tornam-se impotentes todos os encantos e malefícios”.

Fonte Livreto Sacramentais - Comunidade Católica Boanerges.

Intercessores Diante do Cordeiro


Apocalipse 7,9-12

            Deus está levantando um exército de intercessores-adoradores que batalhem por almas para Deus. Ele quer que tragamos o Reino de Deus para aqueles que necessitam e clamam por socorro e também por aqueles que ainda não o conhecem e/ou se revoltam contra Ele.
            Orações de louvor, clamor, adoração, petição, súplica, fazem parte da vida do servo intercessor que deve buscar estar diane do trono!
 Quando se coloca na presença de Deus o fraco é fortalecido, abatido se renova, o doente é curado, o oprimido é liberto...
Temos essa condição por intermédio de Jesus Cristo, que nos deu acesso ao Pai:
Levítico 16,2
Êxodo 26,33-34
Jo 14,6
Hebreus 9,11-14 – 11,19-23
O véu que separava já não separa mais: Mateus 27,51
O Senhor vai agindo naquele que reconhece ser Ele o Salvador e Senhor de sua vida.
            Estar na sala do Trono compreende:
1º. Invocá-lo constantemente, não somente para pedir, mas para estar nos aposentos do rei, o amado esposo
2º. Clamar o auxílio e socorro do Espírito Santo, o advogado nosso do qual somos Templos Vivos.
3º. Experimentar o poder e a presença de Deus. Notar sua ação e condução de nossas vidas quando por ele nos deixamos guiar...
Esse lugar não é físico, mas espiritual, não é destinado primeiramente a apresentar petições e súplicas, mas primeiramente o louvor, a adoração e a gratidão.
O fato de estarmos na presença do rei tendo com Ele “uma audiência” nos faz saírmos daí transformados. Esses encontros, quer sejam comunitários, quer sejam individuais, devem ser diários (quando individuais) e freqüentes (coletivos/grupos). Quanto mais tempos “gastamos” na presença de Deus, mais nos assemelharemos a Maria irmã de Marta (cf. Lucas 10,38-42).
Deus está presente em toda a história da criação uma vez que ele é onipresente, onisciente e onipotente sobre toda a Terra. Porém a manifestação de Sua glória só se faz perceber quando deixamos o Espírito Santo conduzir nossas vidas e praticamos obras de misericórdia corporal, espiritual e também pelas manifestações extraordinárias (carismas).
A presença manifesta de Deus, de Sua glória (shekiná, doxa...) é diferente da onipresença dele que é imutável.
De duas formas ele atua no coração das pessoas: individualmente, sem que o percebamos (orações de cura interior, pregações querigmáticas, etc), é essa manifestação que produz transformação quando permitimos que o Espírito opere e provoque uma verdadeira conversão (metanóia) . A outra forma/maneira ocorre quando os dons espirituais de serviço (carismas) acontecem no grupo, ou seja, quando pessoas reunidas experienciam graças atuais e extraordinárias que visam a cura, libertação, a uma ação edificadora nelas, isso é ação do Espírito que também quer atuar na igreja enquanto corpo mítico de Cristo!

7 Passos para estar Diante do Rei

1-      Humilhe-se (arrependa-se) na presença do Senhor

1 Pedro 5, 6-7 – Humilhai-vos...
Lucas 18, 9-14 _ Parábola do fariseu e do publicano

2- Confesse seus pecados, pelo nome, sem generalizá-los:

Hebreus 5,1-4
            O Espírito Santo nos convence do pecado, portanto, em nossa oração pessoal deixemos que Ele vá revelendo e/ou recordando nossos pecados ainda não confessados.  Se achar necessário escreva num papel.
Não justifique nem jogue para os outros suas culpas e faltas.
O arrependimento é sinal que deve estamos de coração contrito diante do Senhor: Sl 50

3- Exponha ao sacerdote seus pecados

Pecado confessado é pecado perdoado!  A confissão nos liberta de prisões interiores e situações que geram bloqueios espirituais, emocionais e até mesmo corporais.
Jeremias 32,33-34

4- Apresente-se Diante do Rei pelo Louvor e seja um Adorador

Louvamos o Senhor pelo que Ele É e faz, louvor é a chave que abre nosso coração para que a glória de Deus nele se manifeste; uma vez que somos Templos do Espírito Santo.
Se queremos mover e deixar o Espírito agir no sobrenatural, devemos louvar e bendizer o santo nome de Deus em todas as ocasiões. O louvor e adoração agem com mais rapidez nos momentos da oração quando estamos clamando!

Salmo 39,1-4
Salmo 99,4
Atos 16,22-26
1 Tess  5,16-20
Adoramos o Senhor pelo que Ele É, a adoração e a contemplação são as formas mais sublimes de intimidade com Deus.
Salmo 41,3

5- Cale-se para escutar o Senhor

            Após os momentos de louvor, adoração e contemplação, devemos silenciar para escutar o Senhor.
1 Samuel  3,1-10
            O Espírito Santo abre nosso nossos ouvidos, olhos, espirituais para nos dar direção, consolo, exortação, edificação, etc. O intercessor que não consegue fazer o exercício da escuta na oração pessoal não terá maturidade para vencer grandes batalhas e atuar numa oração comunitária com discernimento, humildade, equilíbrio, bom senso, etc...
            Toda virtude antes foi disciplina e escuta!
            Peça ao Senhor para que apure seu olhos e ouvidos espirituais e que te conceda sensibilidade espiritual para que ter discernimento de ouvir a voz de Deus e não ser confundido pelo humano ou pelo inimigo!

6- Assuma a postura de guerreiro e traga a presença do Senhor para os alvos da intercessão

            Nesse momento podemos nos considerar preparados e capacitados pelo Espírito para a batalha da oração de intercessão.
            O Espírito Santo irá trazer ao sua mente ou a equipe que estiver orando situações, pessoas, famílias, grupos, paróquias, comunidades, nações, etc. Que necessitam de oração.
            Esse mesmo Espírito irá revelar como orar como convém, mediante o exercício dos carismas: oração em línguas, discernimento, palavra de sabedoria, palavra de ciência, profecia, visualizações.
            Salmo 90,9-13
            Quando esta oração de intercessão ocorrer em equipe, ela sempre deverá ser partilhada e discernida pelo mesmo! Equipe de intercessão é escuta, partilha e ação em unidade, com ordem e sem autoritarismo!
            Autoridade Espiritual ≠ Autoritarismo

7- Encerre sua oração agradecendo com se já tivesse sido atendido nas petições

            Agradeça a Deus e novamente, louve, adore e glorifique o santo nome do Senhor. A ação de graças é o reconhecimento que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus e que estão buscando seguí-lo fielmente!
            Marcos 11,24

Intercedendo pelo ministério de música:



            Nos grupos de oração e nos eventos da RCC, todos os ministérios/equipes são importantes e devem funcionar organicamente como um corpo (cf. 1 Cor 12,12ss) para que o Pentecostes aconteça, gerando curas, libertações e conversões. Contudo um dos ministérios aos quais encontramos mais batalhas espirituais é o de música. Talvez por fazer parte do pelotão de frente e, portanto, estar mais vulnerável aos ataques.
            Uma música ministrada na unção e no poder do Espírito Santo cria o ambiente e principalmente abre os corações para o louvor, a petição, a súplica, a adoração, a escuta, a contemplação, a ação de graças, ou seja, para tudo o que o Senhor estiver querendo realizar no momento da reunião de oração e/ou nos eventos.
Verificamos na História da Salvação, grandes batalhas e feitos que tiveram à sua frente os músicos: Na conquista da cidade de Jericó o Senhor diz a Josué para colocar os sacerdotes à frente tocando as trombetas adiante da arca da aliança (cf. Jos 6, 1ss) na sétima volta ao som do clamor dos músicos sacerdotes, as muralhas não resistiram ao poder de Deus. O louvor deve ser o hino de vitória que brote da boca dos músicos carismáticos!
Na batalha contra os amonitas e os moabitas, Josafá designa os cantores que revestidos de ornamentos sagrados, haveriam de marchar à frente do exército entoando um cântico de louvor (cf. II Cron 20, 5ss). Os ornamentos sagrados, ou seja, o revestimento dos músicos, deve ser a santidade, buscando viver o que se ora na armadura do cristão (cf. Ef 6,10ss). A tática de Deus era colocar músicos à frente ministrando e assim as vitórias iam acontecendo.
Nos ensina o Catecismo (391): “Por trás da desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora, que se opõe a Deus, e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus”. A primeira e principal área que devemos interceder com relação a todo o servo, é a obediência, a exemplo de Jesus Cristo o servo sofredor e obediente (cf. Is 53, 1-12; Fl 2,5-11). O demônio irá atacar muito o ministério de música nesta área, os intercessores e o ministério de música devem pedir para produzir o fruto do Espírito Santo da humildade genuína.
O Demônio era um querubim protetor, criado por Deus para servir no coro angélico. A palavra de Deus diz que “tamborins e flautas estavam a seu serviço desde o dia em que foram criados” (leia atentamente Ez 28,11b-19). Isaías descreve que com a expulsão de Lúcifer dos céus, ele levou consigo junto com uma legião de anjos, suas harpas e tamborins (leia também Is 14, 11-12). Assim, ele irá atacar nas brechas que os ministros de música deixarem em sua vida pessoal, tais como: orgulho, vaidade, falta de compromisso, que irão interferir no ministério, quer seja na equipe do grupo de oração quer seja numa banda ou conjunto.
A intercessão que se faz com relação a este ministério deve buscar fechar essas brechas, mediante a oração de concórdia e de combate para que o Espírito Santo dê aos músicos, uma verdadeira humildade, simplicidade, fidelidade e tudo o que for inspirado pelo Espírito quando se estiver orando especificamente por eles. Devemos deixar claro que o inimigo já está vencido pela Cruz de Jesus Cristo (cf. Rom 8,31) e que pouco tempo lhe resta, por isso ele tenta os que servem a Deus e que buscam levar mais pessoas a se encontrar com Jesus Senhor.
Outra área que deve ser motivo de intercessão é a afetividade e sexualidade, principalmente por ser um ministério que encontramos muitos jovens ainda em processo de formação os deixa expostos nesta área e sofrendo muitos ataques. Assim aconteceu com o grande rei e músico Davi quando cometeu adultério com a esposa de seu mais fiel servo e soldado: Urias, levando-o inclusive para frente de batalha para morrer. Foi necessário o profeta Natã para abrir-lhe os olhos quanto ao pecado que havia cometido (leia 2 Sm 11-12,1-15). Davi, então se arrepende e proclama um dos mais profundos e sinceros salmos penitenciais (leia o Salmo 50). Precisamos orar para que os músicos vigiem e orem por seus sentimentos, afetos e sua sexualidade.
Devemos pedir também o dom do discernimento de música, para que ela seja ministrada na moção que a oração estiver sendo conduzida e também pela unidade de pensamento entre quem está conduzindo a reunião de oração e a música. Deve-se pedir que os músicos exerçam um ministério profético, com palavras de sabedoria, ciência e palavras proféticas, sempre em obediência à coordenação do grupo.
Aconselha-se às bandas que saem em missão que tenham uma equipe de intercessão, e mesmo que esta não possa acompanhá-los na missão, essa equipe deve reunir-se para momentos de oração e adoração, de preferência juntos. Os músicos e seus intercessores devem vigiar e orar, procurando sempre confessar e jejuar para se revestir e estar protegido pela poderosa mão de Deus.


Vicente Gomes de Souza Neto

Como oramos por nossas famílias?


Família é um sonho de Deus, um sonho que vem do amor de Deus (ágape). Vemos isso narrado já quando Deus ao criar o homem à sua imagem e semelhança, reconhecerão ser bom que ele vivesse só (cf. Gn 2,18), “dando-lhe uma ajuda que seja adequada”, dizendo ainda que suas gerações deveriam unir-se. Assim a primeira forma de intercessão é pedir para que o Espírito Santo de Deus conceda aos casais, a graça da unidade, onde o amor (eros: amor entre homem e mulher), os faça purificar e amadurecer o relacionamento. Esse caminho deve passar muitas vezes pela renúncia, pelo perdão, para chegar a reconciliação e, assim, encontrar o amor “ágape” que exprime o amor de descoberta do outro, superando o egoísmo e o invidualismo, tornando-se cuidado do outro e pelo outro.[1]
Pelas deturpações que encontramos hoje no mundo, vemos o inimigo de Deus atacar os casais através de situações de adultério, egoísmo, e muitos outros; a família a cada dia vem sofrendo muitas investidas para que esse sonho se desvie. Assistimos hoje à maior crise de valores que a família já viveu na história.
Satanás escolheu destruir as famílias para atingir toda a humanidade. Asmodeu foi um demônio que agiu desta forma na vida de Sara e Tobias. Vemos no livro de TOBIAS que Sara era aprisionada, perdendo por 7 vezes o matrimônio, porque seus 7 maridos morriam durante a lua de mel.
“Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento. Tu, porém, quando te casares e entrares na câmara nupcial, viverás com ela em castidade durante três dias, e não vos ocupareis de outra coisa senão de orar juntos”. (Tb 6,16b-17b;18). Assim, inúmeras famílias estão banindo Deus de seu coração e permitindo que satanás faça o que quiser dela, resultando em brigas, intrigas, maldições, transformando-as num “inferno”, pois assim é o lugar que não se encontra a presença de Deus. Precisamos orar, e orar com fervor apresentando as necessidades das famílias diante de Deus. Precisamos clamar para que o Espírito Santo ocupe o Seu lugar no coração e nos lares de cada família, e assim como Tobias e Sara, que elas possam orar juntas assumindo Deus em seu relacionamento. Que as famílias sejam libertas de satanás e que, de inferno, elas possam viver um “pedaço do céu” em suas casas, pois assim é o lugar onde há Deus.
A comunhão que existe na família é a sua principal arma contra o mal. No nascimento de Jesus, contemplamos as graças que aconteceram pela unidade da Sagrada Família. A unidade que vem do amor, o amor que vem de Deus. “José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e lhe disse: ´José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo.” Mt1,19-20. Mesmo antes da revelação do anjo, José não ousou difamar sua esposa, ele iria protegê-la através de sua rejeição secreta. José pensou primeiro nela para depois pensar nele. A unidade gera o compromisso de um para com o outro. Hoje, ao contrário do compromisso, a família vive uma grande infidelidade uns para com os outros. Cada um apenas pensando em si próprio e deixando a família de lado, e, assim abrindo portas para o adultério, para a rebeldia principalmente dos filhos, para a mentira, separações, gerando a infelicidade.
A unidade também faz com que a família permaneça de pé, diminuindo o poder de satanás, pois quando um cai, outros estão ali para segurar. Essa é uma das maiores graças que há numa família “Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito imundo. Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: ‘espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não torneis a entrar nele”. (Mc 9, 17b; 25). Havia uma pessoa com um espírito imundo, diz a palavra, porém aquela pessoa tinha pai. Um pai que rogou a Jesus pelo seu filho, que encontrou a libertação. Assim acontece nas famílias, quando um está mal, está em perigo, precisando de socorro, a família unida leva a Jesus para assim alcançar a graça.
            Quantas graças acontecem na família! Há muitas bênçãos reservadas no coração de Deus para cada uma delas! Por isso muitos combates enfrentamos. Que hoje, possamos abraçar a causa dela em favor do Nosso Deus. Nos comprometamos a orar por cada uma delas. Para que elas vivam a comunhão com Deus e assim Sua Glória se manifeste!

Luciana Borborema e Vicente Gomes de Souza Neto.



[1] Leiam sobre essas diferenças e definições na Carta Encíclica de Bento XVI: “Deus Caritas Est”. 2006