quinta-feira, 7 de julho de 2011

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INTERCESSÃO


A INTERCESSÃO

Interceder é exercer a misericórdia e a compaixão procurando se assemelhar a Jesus Cristo: O INTERCESSOR!
Significado:
  1. É a oração feita em lugar de pessoas, países, famílias, autoridades, etc.
  2. Colocar-se diante da Santissima Trindade em favor dos homens;
  3. Trazer as promessas e o reino de Deus para aqueles que necessitam.
  4. Em hebraico: PAGA – colocar-se entre, ser intermediário. Pleitear a causa de outro como se fosse a minha.
É uma oração feita conforme o pensamento de Deus, deixando o Espírito Santo revelar sua vontade e desígnios. Interceder é captar a mente e o pensamento de Cristo (cf. 1 Cor 3,10-11), deixar que o Espírito Santo mova a mão de Deus nas situações pelas quais estivermos clamando.
Ë descobrir o que está no coração de Deus, mediante a escuta e o exercício dos carismas, e a partir de sua revelação orar com poder e autoridade, não tendo medo de enfrentar e se confrontar com o inimigo, uma vez que maior é o que está em nós do que o que está no mundo. Se Deus é por nós quem será contra nós... (cf. Rom 8,31)
No mundo teremos aflições, mas Ele venceu o Mundo!!! (cf. Jo 16,33)
Interceder é orar o que pesa no coração de Deus em favor dos homens, grupos, nações, igreja, etc.

A ORAÇÃO DE INTERCESSÃO (CATECISMO)
“A intercessão é uma oração de pedido que nos conforma de perto com a oração de Jesus. ele é o único Intercessor junto do Pai em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo. Ele é ‘capaz de salvar de modo definitivo aqueles que por meio dele se aproximam de Deus, visto que Ele vive para sempre para interceder por eles’ (Hb 7, 25). O próprio Espírito Santo ‘intercede por nós... pois é segundo Deus que ele intercede pelos santos’ (Rm 8, 26-27)”.
“Interceder, pedir em favor de outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que ora ‘não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros’ (Fl 2, 4) e reza mesmo por aqueles que lhe fazem mal.”
“As primeiras comunidades cristãs viveram intensamente essa forma de partilha. O Apóstolo Paulo as faz participar assim de seu ministério do Evangelho, mas intercede também por elas. A intercessão dos cristãos não conhece fronteiras: ‘Por todos os homens, pelos que detêm a autoridade(1Tm 2,1), pelos que nos perseguem, pela salvação daqueles que recusam o Evangelho.”
A intercessão tem dois momentos: um de encontro e o outro de confronto. Quando intercedemos, oramos para que a vontade de Deus seja esrabelecida ao mesmo tempo que confrontamos com as forças espirituais do mal espalhadas pelos ares, que fazem oposição aos planos e desígnios de Deus.

A INTERCESSÀO NÀO TEM LÍMITES
O intercessor não tem tempo, lugar, distância. Ele ora no reino espiritual, e neste campo não há limitações humanas... (cf. Isaias 59,16)
“Falar de Deus a aos homens é uma grande coisa, mas falar a Deus dos homens é ainda maio” (Bounds)
Intercedemos por pessoas, nações, doenças fís
icas, espirituais, psicológicas, igrejas (comunidades, grupos, sacerdotes), missionários, governos, vocacionados, etc.

O INTERCESSOR
O intercessor é aquele que recebe de Deus a revelação de seu desejo, sua vontade, seus planos insondáveis, portanto, o intercessor deve buscar uma intimidade pessoal e única com Ele.
Interceder é exercer o sacerdócio comum de todo batizado sacramentalmente e assemelhar-se a Cristo, pois somos seu corpo.
Em Amós 3,7 Ele diz: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.
Por isso a oração do intercessor deve ser: “Senhor ensina-me a orar por aquilo que está no Seu coração...”
O intercessor deve ouvir o Senhor, escutar o que Ele está falando – Ezequiel 3,17. um único homem pode salvar uma nação!
O intercessor é um amigo de Deus, a quem Ele faz questão de revelar sua vontade (Sl 25,14).

NADA ACONTECE SEM ORAÇÃO
Se quisermos ter esse discernimento de como interceder pelas situações, devemos trilhar o caminho da oração. Sem oração nada acontece.
Deus decidiu usar de pessoas que ousem no reino espiritual e desvendem seus insondáveis desejos. Para isso ele busca pessoas que com Ele farão proezas. E esse lugar é a oração!
Quando trilhamos o caminho da oração pessoal, passamos da esfera material para a espiritual para trazer o que, e como orar, pois oração significa relacionamento com Deus.
Porque devemos orar? Por que Jesus disse que se orássemos seríamos atendidos. Se fosse a Deus Pai em Seu nome: cf. Lucas 11,9-13. Paulo também nos incita a orarmos sempre: cf. Ef. 3,20; 3,141-19.
A oração amplia nossa visão para a intercessão, e lança-nos para o reino invisível, e pela fé antecipadamente oramos por aquilo que ainda não vemos no reino material.
Quando oramos estamos conversando com o Pai em nome de Jesus pelo Espírito Santo: Jo 16,23-24.
Devemos crer que Deus ouve nossas orações: Marcos 11,24 – Oração feita sem fé não produz resultados.
Perdoamos e devemos pedir perdão pelos que nos magoaram e ofenderam: Marcos 11,25, Mateus 6,14-15;
Aprendemos a orar pelos outros, pois ao entrar na dimensão vertical da cruz nos relacionamos com a Trindade, e obtemos como resposta, resultado, a tarefa; missão de nos ocuparmos e preocuparmos com os outros: dimensão vertical da cruz.
Descobrimos que somos dependentes do Espírito Santo e buscamos a edificação pessoal orando com Ele e Nele: Judas 20 e 1 Cor 14,4.
A oração deve ser perseverante e persistente.
Há várias modalidades de oração assim como de esportes. Há as que não buscam necessariamente alguma coisa de Deus, vamos até ele para:
1. Louvor, ação de graças, adoração, contemplação – Oramos a Deus, pelo que Ele é e faz. Adoramos e silenciamos (contemplação). Buscamos apresentar-lhe nossa humilde gratidão pelo que Ele é e faz em nossas vidas.
2. Há as orações que trazemos Deus para nossas realidades e necessidades: entrega, petição, suplica, entrega.
Na entrega, quando temos uma revelação do Senhor e aí temos que nos abandonar Nele, pois é difícil muitas vezes “aceitar” seus desígnios...
Nos pedidos, apresentamos a Ele as necessidades e intenções, mas devemos pedir ao Espírito Santo que revele qual a vontade de Deus para essas necessidades. Devemos ser objetivos na oração de petição, pedindo o auxílio e socorro do Espírito Santo (carismas de revelação e inspiração) e da palavra (sagradas escrituras), para saber se que pedimos se coaduna com a vontade do Senhor: 2 Cronicas 20,6-20.
Creia firmemente com base no que a Palavra de Deus te disse, que suas orações serão respondidas e a benção já está a caminho: Números 23,19. Rejeite e renuncie toda dúvida de que Deus está ouvindo sua oração. Ninguém chega num tribunal para fazer uma solicitação ou pedido sem o respaldo da lei, no nosso caso a Palavra de Deus é a carta magna (constituição) do seu Reino!
3. Levando as necessidades dos outros: intercedendo – Aqui vamos ao Senhor levando a PAGA dos irmãos e suas necessidades. Nosso objetivo é que o reino de Deus aconteça na vida das pessoas, países, famílias, e que a Salvação alcance a todos. Estamos intercedemos quando pleiteamos pela causa de alguém como se fosse nossa.

FORMAS DE ORAÇÃO
*Oração pessoal/privada (Mateus 6,6) – Todo filho de Deus tem o direito e dever de fazê-la, e como o nome diz, nela ficamos só nós e Deus em intimidade, sinceridade, profundidade, etc.
*Oração de Concordância (Mateus 18,18-20) – Aqui dois ou três estão unidos e reunidos, orando e concordando em comum, por pedidos, súplicas, necessidades, etc. O poder de Deus é liberado pela unidade e concordância no Espírito.
*Oração coletiva (grupo de oração) – Atos 4,23-31 – Aqui o corpo se une em oração. Ë uma concordância maior, pelo louvor, petição, ação de graças, glorificação, adoração, liberando o poder de Deus.

AUXÍLIOS DE ORAÇÃO
·         Orar na Palavra e com ela;
·         Orar no Espírito

ETAPAS NA ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
IDENTIFICAÇÃO: É o 1º momento, onde nos identificamos com a dor e situação pelas quais estivermos orando. Jesus levou sobre si nossas dores e sofrimentos (Isaías 53), assim nos identificamos com o aflito, o doente, famílias em desacordo, etc. Contudo apresentamos e entregamos tudo a Jesus Cristo.
Identificação é empatia, ou seja, eu sinto como você sente, a empatia nos auxilia a não julgarmos as pessoas, mas apresentá-las ao Senhor, apresentando-lhe suas feridas.
Exemplos na Palavra de Deus: Daniel no cap. 9 ele se confessa transgressor pelo povo. O mesmo acontece com Neemias (cf. Ne 4,4-6). Moisés levando a carga do povo no deserto, etc.

COMPAIXÃO: Ë parte inseparável do intercessor, uma vez que é a própria identidade de Jesus Cristo e todo aquele que com Ele se encontra e identifica. Jesus é a expressão da misericórdia e compaixão de Deus para com a humanidade decaída.
Quando deixamos o Espírito Santo operar em nós, entramos na dor das pessoas como aquele que tem empatia = sofre junto, com. Em Mateus 9,35-38 Jesus se compadece das multidões, vê suas necessidades de salvação e logo em seguida nomeia apóstolos (Mat 10) e os envia com a Sua autoridade para fazerem o mesmo (Jo 14,12-14). Pela compaixão, como corpo, estamos sentindo junto e clamando como se fosse conosco.
A compaixão gera a cura dos enfermos (Mateus 14,14)
A compaixão gera a multiplicação dos pães e peixes para os famintos (Mateus 15,32)
A compaixão faz o cego abrir os olhos (Mateus 20,34)
A compaixão torna o leproso são (Marcos 1,40-41)
A compaixão traz à vida o morto (Jo 11,33-35)

DISCERNIMENTO: É um dos dons carismáticos mais importantes para ser exercidos na intercessão, pois através dele o Espírito Santo irá revelar se o que se está orando, tem a interferência, do divino, do humano e/ou do mal/inimigo.
A palavra grega é “DIAKRISIS” e quer dizer: discernir, fazer distinção, distinguir. É o poder de julgamento, de perceber diferenças entre coisas ou idéias. O Espírito Santo vai aguçando a oração do intercessor que por Ele se deixa conduzir. A maioria das situações que o Espírito Santo revelar aos intercessores deve servir como orientação do que devemos orar.
Alguns princípios a considerar no campo do discernimento:
·         Pedir a Deus para revelar se é, e quem é, o príncipe da maldade que está operando naquela situação, lugar ou pessoa;
·         Neutralizar esse inimigo;
·         Liberar o poder de Deus em nome de Jesus Cristo;
·         Pedir o Espírito Santo que preencha aquela área.

AUTORIDADE: Cristo nos delegou sua autoridade (Lucas 10,19). Temos inimigos e batalhas a  trilhar e vencer; para isso dependemos do poder e da ação ilimitada do Senhor, Rei do universo! Ele venceu o príncipe deste mundo tenebroso, suas potestades e principados, triunfando deles pela cruz! (Jo 16,33) Em Cristo somos mais que vencedores (Romanos 8,37). Sabemos que lutamos contra um inimigo derrotado e vencido. Nosso papel é, de que, como filhos de Deus, amados, resgatados e lavados pelo sangue de Jesus. Entramos numa ofensiva de oração intercessória por aqueles que não vivem a salvação de Jesus em suas vidas ou estão sendo atormentados pelo demônio.
Lucas 10,19 – Cristo nos delega sua autoridade que todo batizado deve assumir. Para termos autoridade necessitamos de intimidade com o Senhor.




Vicente Gomes de Souza Neto

0 comentários:

Postar um comentário